O Brasil registrou mais de mil mortes por Covid-19 em um dia. Foram computados 1.264 óbitos e 178.814 novos casos nas últimas 24 horas, informou o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) nesta quarta, 9.
O Brasil registrou mais de mil mortes por Covid-19 em um dia. Foram computados 1.264 óbitos e 178.814 novos casos nas últimas 24 horas, informou o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) nesta quarta, 9.
Após mais uma garantia por parte do Governo do Estado de que não haverá redução nos vencimentos e direitos dos delegados, agentes e escrivães da Polícia Civil, em audiência na noite desta quarta-feira (9), as categorias foram irredutíveis. Houve a apresentação de uma proposta de Lei Complementar para incorporação dos adicionais por tempo de serviço aos salários, mas as representações da categoria apresentam nova reivindicação que implica em aumento das remunerações e abandonaram a mesa de negociação.
“Nós provamos, tanto na nossa ação do Tribunal de Justiça como na apresentação do projeto na minuta exposta hoje, de envio de um projeto de lei, que não existe essa ameaça de redução dos vencimentos”, afirmou o vice-governador Antenor Roberto, em reunião com os representantes dos sindicatos dos delegados, Thaís Aires, dos agentes, Edilza Faustino e da associação dos escrivães, Priscila Vieira.
Antenor Roberto reforçou que o espírito do Governo do Estado é de diálogo, de defesa do policial civil e “hoje, nesse espírito de negociação, a tentativa é de preservar a categoria de medidas que os próprios órgãos de controle estão exigindo do governo”.
“Se nenhum direito de vocês está sendo tirado, qual a razão dessa greve?”, questionou o vice-governador na tentativa que fosse feito em mesa os apontamentos de ajustes necessários à redação da proposta do projeto de lei rejeitado pela categoria. Apesar do espaço aberto às eventuais modificações na redação do Projeto de Lei Complementar, as representações se levantaram e abandonaram a mesa de negociação.
“Você não pode parar os serviços da polícia, causar os danos que estão sendo causados à sociedade sob uma hipótese que eu acho, enquanto categoria, que pode acontecer. Isso não existe, não é razoável esse prejuízo diante da conduta dos policiais civis a despeito de todas as garantias oferecidas pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte”, avaliou o vice-governador Antenor Roberto.
Para o vice-governador, é preciso que “eles assumam diante da sociedade que estão parando porque querem outra remuneração. Mas não porque estavam retirando ou ameaçando retirar adicional por tempo de serviço”.
Negociação
Hoje, mais cedo, o Governo apresentou proposta de Lei Complementar para incorporação dos adicionais por tempo de serviço aos salários, o que evitará qualquer perda às categorias, como pede a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) impetrada pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Ontem, em mais uma tentativa de negociação, o Governo tomou a iniciativa de trazer também ao diálogo a Justiça e o Ministério Público, de quem obteve o compromisso de aceitar uma eventual modulação após o julgamento da ADI.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), indicou nesta quarta-feira (9) que o estado adotará a quarta dose da vacina contra covid-19 para toda a população.
“Vamos adotar em São Paulo a quarta dose, independentemente de haver ou não recomendação do Ministério da Saúde”, afirmou em entrevista à Rádio Eldorado. Atualmente, a aplicação é destinada apenas a imunossuprimidos.
“A hipótese já é avaliada pelo comitê científico. Não só avaliada, ela já é confirmada pelo comitê científico aqui do governo de São Paulo”, apontou o governador. Porém, ele reforçou que, antes de iniciar esse novo momento da campanha de vacinação, é necessário avançar nas etapas anteriores da imunização para aumentar a cobertura vacinal no estado.
“Nós estamos preparados para iniciar a quarta dose de reforço, mas fazendo um esforço ainda, antes de iniciar a quarta dose, para que as pessoas que não tomaram a segunda dose (vacinem-se)”, disse Doria.
O governador reforçou ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprova a recomendação de doses de reforço, inclusive na quarta dose. A quarta aplicação já está permitida nacionalmente desde o dia 21 de dezembro do ano passado para pessoas imunossuprimidas, como transplantados e pacientes oncológicos.
Com informações do G1
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quarta-feira (9) a favor de manter a validade da lei que prevê as chamadas federações partidárias, união de partidos para atuar de maneira unificada por um período mínimo de quatro anos, nas eleições.
O STF julga uma ação apresentada pelo PTB que discute o tema. O partido argumenta que as federações são uma reedição das coligações, que acabaram por decisão do Congresso.
O julgamento, que deve definir a validade das federações, teve início na quinta-feira (3) e foi retomado nesta tarde para o voto dos ministros.
Votaram a favor de manter a validade da lei que prevê as federações partidárias os ministros: Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Rosa Weber e Gilmar Mendes. Até o momento, apenas o ministro Nunes Marques apresentou voto divergente.
Na mesma ação, o PT fez um pedido para que o prazo para a formação das federações vá até 5 de agosto. Pela regra atual, as legendas podem oficializar o pedido de união até 1º de março. O prazo ainda será definido pelos ministros.
Com informações do G1
bancada do PSOL na Câmara dos Deputados entrou com uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando que o órgão inclua o comentarista Adrilles Jorge na investigação por apologia ao nazismo contra o podcaster Bruno Aiub, conhecido como Monark, e contra o deputado federal Kim Kataguiri (Podemos-SP).
O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu abrir investigação contra Monark e Kataguiri, nesta terça-feira (8), por declarações feitas em episódio do Flow Podcast na última segunda-feira (7). Enquanto Monark defendeu a existência e legalização de um partido nazista no Brasil, Kataguiri afirmou que “a Alemanha errou ao criminalizar o partido nazista“.
Já Adrilles, durante programa ao vivo da Jovem Pan, exibido na TV e nas redes sociais nesta quarta-feira (9), fez uma saudação considerada nazista, com a palma da mão estendida, ao comentar as declarações de Monark que repercutiram no dia anterior.
Para os parlamentares do PSOL, “os casos estão intimamente ligados” e “remetem a um mesmo episódio”. Portanto, segundo a representação do partido, “todos são dignos de abertura de investigação de eventual crime de apologia ao nazismo”.
Além das investigações contra Adrilles e a Jovem Pan, o PSOL sugere ainda que a PGR obrigue a emissora a veicular “programas de promoção dos Direitos Humanos, produzidos e/ou indicados pelas entidades da sociedade civil atuantes na área”.
Com informações da Revista Fórum
“Os dois ministros querem ir para o Senado. Vamos ver se eles chegam a um acordo, porque se os dois resolverem disputar (ao mesmo tempo) fica difícil”. Essa foi a recomendação do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a possibilidade dos ministros das Comunicações, Fábio Faria (PSD – mas de malas prontas para o PP), e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL – se filou no mesmo dia que o presidente), de disputarem a única cadeira de senador pelo Rio Grande do Norte nas eleições de outubro.
Para Bolsonaro, “os dois ministros, cada um à frente da sua pasta, têm realizado um trabalho excepcional, não só aqui no Estado, mas também em outras regiões do país”. O presidente da República esteve em viagem pelo Rio Grande do Norte para a chegada das águas do Rio São Francisco ao Estado.
Durante a passagem da comitiva que acompanhava o presidente Jardim de Piranhas, na tarde da quarta-feira 9, em discurso para os presentes, Fábio Faria (PSD), afirmou que vão decidir nos próximos dias quem será o candidato ao Senado Federal. O ministro das Comunicações ainda disse que a missão do grupo é tirar o PT do poder.
“Nós temos o projeto de reeleger o presidente Bolsonaro e nós somos gratos. Quem achou que ia ter briga entre nós dois, vai quebrar a cara. Porque, entre eu e Rogério, e em nome do projeto do Estado, só vai sair um. Porque a nossa missão é tirar essa governadora mentirosa. Nos próximos dias vamos conversar e nós vamos nos entender, porque o projeto maior é tirar o Brasil da corrupção e só quem fez isso foi Jair Bolsonaro”, disse Fábio Faria.
Apesar de ambos serem pré-candidatos ao Senado, Fábio Faria disparou elogios ao colega, atribuindo-lhe a chegada das águas do Velho Chico ao Estado. Segundo Fábio Faria, o empenho de seu colega de ministério concretizou o sonho das famílias do Rio Grande do Norte. Fábio Faria aproveitou o momento também para criticar, mais uma vez, a gestão de Fátima Bezerra (PT), principalmente com relação ao impasse sobre o piso dos professores.
Fábio Faria e Rogério Marinho criticam a governadora Fátima Bezerra, porém nenhum quer concorrer ao governo do Rio Grande do Norte. Mesmo dizendo que está tudo na santa paz, não resta dúvida que esta visita de Bolsonaro ao Estado é cenário da disputa entre os dois ministros. Agora, é fato que a baixa popularidade do presidente não ajuda a alavancar a candidatura de nenhum dos dois. E em pesquisa registrada, divulgada recentemente pelo Blog do BG, ambos ministros não pontuam bem quando se pergunta espontaneamente ao eleitorado potiguar em quem votaria para senador.
No cenário espontâneo, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) lidera com 6,3%. Ele é seguido pelo senador Jean Paul Prates (PT) com 4,7%. Fábio Faria aparece com 2,8% e Rogério Marinho com 2,2%. No confronto estimulado Faria x Marinho, o ministro das Comunicações leva uma vantagem de quase 7%.
O Ministério da Saúde divulgou os dados mais recentes sobre o coronavírus no Brasil neste domingo (23).
– O país registrou 296* óbitos nas últimas 24h, totalizando 623.097 mortes;
– Foram 135.080* novos casos de coronavírus registrados, no total 24.044.255;
*Sem dados do DF, TO e MT que não divulgam aos domingos. E com o acréscimo de 12.773 casos e 131 óbitos represados em São Paulo, além de 40.290 casos represados no Ceará.
Dessa forma, a média móvel de óbitos dos últimos sete dias ficou em 293 e a média móvel de casos é de 149.085, a maior desde o início da pandemia.
Travou-se uma verdadeira “Guerra Fria” entre os Ministros do Desenvolvimento Regional (MDR) Rogério Marinho e o Ministro das Comunicações Fábio Faria pela indicação do nome de um deles pelo Presidente Jair Bolsonaro para a disputa pelo Senado nas eleições deste ano no RN.
Acusações de aliados apontam que tanto de um lado como do outro começou um processo de “queimação” via “notas plantadas” na mídia.
Imagem: reprodução |
O ex-vereador e pré-candidato a deputado estadual pelo Brasil 35, Renan Melo é uma figura bastante conhecida não só em Alto do Rodrigues, mas em toda região do vale do Açu e na região do Polo Costa Branca e salineira do estado, e o mesmo declarou apoio ao projeto de Lawrence Amorim para buscar uma vaga na Câmara federal em Brasília.
“Estamos construindo um projeto coletivo de pré-candidatura à câmara federal, que vem crescendo em adesão e em consistência, pois nos encontros ouvimos as demandas de cada região e fazemos disso uma meta para o desenvolvimento do RN”, afirmou Lawrence Amorim.
O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), pré-candidato à Presidência da República, disse não se arrepender de ter feito parte do governo Bolsonaro, em longa entrevista ao Estadão nesta segunda-feira, 24.
“Outros abandonaram o governo antes, ao perceber que as promessas não eram reais, mas ninguém se torna cúmplice do Bolsonaro por ter querido realizar seus sonhos, que na verdade são sonhos para o País também”, disse em relação à sua demissão, emenda que “de forma nenhuma” se arrepende de ter assumido cargo no governo.
Moro ainda sinalizou que viu “uma espécie de golpe de estado” por parte de Bolsonaro ao comentar sobre a economia.
“O crescimento econômico depende principalmente do elemento confiança e essa confiança foi rompida, tanto pelos discursos erráticos do presidente da República em matéria econômica, como por exemplo relativas à interferências arbitrárias no mercado ou mesmo ao planejamento, no ano passado, de uma espécie de golpe de Estado“.
No entanto, o pré-candidato do Podemos recuou ao ser indagado “quando Bolsonaro tentou um golpe de Estado?”.
“Não que ele tenha tentado, mas passou o ano passado inteiro falando em questionar a legitimidade das eleições, em realizar movimentos agressivos contra as instituições. O abalo que isso trouxe à credibilidade do Brasil e igualmente a nossa economia… Muita gente atribui essa escalada gigante do dólar no ano passado, a elevação da inflação, do preço dos alimentos e dos combustíveis a esse destempero verbal do presidente”, disse.
Potencial alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar seus ganhos milionários na consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, que realiza recuperação judicial de empresas quebradas pela Lava Jato, Moro resiste em abrir o valor recebido na empresa entre novembro de 2020, quando foi empregado ao deixar o governo, e outubro de 2021, quando saiu para se tornar pré-candidato à Presidência pelo Podemos.
“Não me curvo ao abuso. E esse processo no TCU é parte de uma fantasia, sobre algo que não existe”, afirmou.
Em seguida, instado a abrir o valor para os leitores do jornal, Moro recuou mais uma vez à lá Bolsonaro.
“Aí estamos entrando numa questão privada. Quanto você ganha como jornalista? São questões inapropriadas”.
Com informações da Fórum
O prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), foi encarregado pelo ministro Rogério Marinho (PL) de fazer as últimas articulações para fechar a chapa da oposição a governadora Fátima Bezerra (PT). Uma conversa com o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), aconteceu nos últimos dias nas varandas da Praia de Tabatinga, onde Álvaro tem residência de veraneio.
Álvaro Dias foi sincero que fica na Prefeitura do Natal até dezembro de 2024, quando encerra seu mandato. O objetivo do prefeito hoje é fazer do filho, Adjuto Dias (MDB), deputado estadual e não repetir o erro político de 2018, quando Adjuto teve pouco mais de 28 mil votos, e ficou na primeira suplência. Com a ajuda do publicitário Alexandre Macedo, que cuidou das últimas campanhas de Carlos Eduardo (2016/2018) e também da reeleição de Álvaro, que venceu no 1º Turno, o convencimento foi iniciado.
Mesmo o PDT, onde nesta sexta-feira 21, Carlos Eduardo repercutiu a Convenção Nacional que lançou oficialmente a postulação de Ciro Gomes a presidência da República, o ex-prefeito vem sendo incentivado a disputar o Governo do Estado, pela terceira vez. Carlos já concorreu em 2010 e 2018, e perdeu em todas as vezes. “Essa missão de Álvaro Dias é para ser encerrada até fevereiro. Por isso que Carlos Eduardo anda analisando o quadro”, revelou uma fonte que acompanha as conversas.
Mesmo criticando o Governo Bolsonaro, já que é do PDT e faz oposição, Carlos Eduardo vem condicionando a possibilidade de concorrer a governador, sem usar palanque para Bolsonaro no Rio Grande do Norte, onde tem índices de rejeição e desaprovação maiores que o da governadora Fátima Bezerra (PT). O publicitário Alexandre Macedo também já defendeu a tese de não envolver a polarização nacional na disputa local, pois assim o PT iria rotular Carlos Eduardo de “candidato bolsonarista”.
Caso as articulações de Álvaro Dias caminhem para o sucesso, Carlos Eduardo seria alçado candidato ao Governo, tendo o deputado federal Benes Leocádio (Republicanos) de vice. Ele é visto como um articulador no interior, onde Carlos Eduardo não tem grupos. O ex-deputado Henrique Eduardo Alves (MDB) também estaria ajudando o prefeito de Natal nas articulações, de olho em bases de Benes, que já foi seu assessor e coordenador da última campanha de Henrique, em 2014.
Caberia ao ministro Rogério Marinho (PL) a vaga de senador, caso decolasse até março, quando pela legislação teria que deixar o Governo Bolsonaro. Mas, Rogério discorda da tese que o palanque não podia fazer campanha para Bolsonaro, mesmo com o PL na chapa majoritária. O próprio Carlos Eduardo ficaria no PDT ou assinava a ficha de um partido de centro-direita. Tudo ainda nas bases das conversas.
O ex-presidente Lula (PT) defendeu nesta quarta-feira (19) a união com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) em torno de sua candidatura —sendo vice em sua chapa, ou não.
O petista afirmou ainda que o PSDB de João Doria não é o mesmo do que o que abrigou figuras importantes da sigla, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra e o ex-governador Mario Covas.
“Da minha parte não existe nenhum problema de fazer aliança com Alckmin e ter ele de vice. Nós vamos construir um programa de interesse para a sociedade brasileira. Não abro mão de que a prioridade é o povo brasileiro. Espero que o Alckmin esteja junto, sendo vice ou não sendo vice, porque me parece que ele se definiu em fazer uma oposição não apenas ao Bolsonaro, mas ao ‘dorismo’ aqui em São Paulo”, afirmou Lula em encontro com jornalistas.
“É importante lembrar que o PSDB do Doria não é o PSDB social-democrata do Mario Covas, do Fernando Henrique Cardoso e do José Serra criado no período da Constituinte, no tempo do Franco Montoro”, seguiu o petista.
O ex-presidente insistiu que, apesar de divergências com Alckmin, elas não impedem uma possível aliança. “Temos divergências? Temos. Por isso pertencemos a partidos diferentes. Temos visões de mundo diferentes? Temos. Mas isso não impede, se for necessário, construir a possibilidade de colocar as divergências em um lado e as convergências em outro. Não terei nenhum problema em fazer chapa com Alckmin para ganhar as eleições”, continuou.
Participaram do encontro, que teve transmissão pelas redes sociais, jornalistas dos sites Brasil 247, Revista Fórum, DCM, Jornal GGN, Blog da Cidadania, Tutaméia, Jornalistas Livres e Rede Brasil Atual.
Como a Folha mostrou nesta semana, aliados do ex-presidente Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin avaliam que a construção da chapa conjunta está pavimentada e que a união demonstrou resistir a desafios de ordem programática e partidária.
A leitura de quem acompanha as conversas entre Lula e Alckmin é a de que ambos querem fazer a chapa acontecer e, para isso, estão dispostos a superar diferenças —a união pode ser anunciada em fevereiro.
“Vocês perceberam que só eu e o Alckmin não estamos falando sobre o assunto. Todo santo dia alguém fala sobre isso, mas você não vê uma fala minha ou dele sobre isso. Por uma razão simples: o Alckmin saiu do PSDB e não definiu para qual partido vai. E eu não defini minha candidatura. Então não pode ter candidato nem vice”, afirmou Lula, que lidera a corrida eleitoral.
“Precisamos construir uma força política capaz de dar sustentação às mudanças que precisamos fazer. Tenho certeza que qualquer pessoa que vier a ser vice vai contribuir para que a gente faça isso. Não vou escolher um vice para ele ser contra.”
O petista disse ainda que tem “conversado muito” com o PSD, de Gilberto Kassab. “É bem possível que a gente possa construir alguma coisa junto. Também com o Paulinho [da Força], do Solidariedade”, continuou o petista.
Lula também citou questões que têm sido colocadas como entraves na viabilização de uma possível federação com o PSB e afirmou que o PT mantém íntegra sua afinidade com o partido. Disse ainda que possíveis candidaturas ao governo do estado de Humberto Costa, em Pernambuco, e Fabiano Contarato, no Espírito Santo, dependem do andamento das conversas com a sigla.
“Se o PSB definir a candidatura, o Humberto Costa está fora. Nós não temos candidaturas no Espírito Santo. Quando Contarato quis entrar no PT para ser candidato, foi dito a ele que estávamos fazendo conversas com o PSB. Se ele vai ser ou não candidato, vai depender da relação com o PSB. Se a gente estiver reunido direitinho com o PSB, ele não será candidato”, reiterou.
Ele também defendeu a candidatura do deputado Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro e celebrou o cenário em São Paulo, com Fernando Haddad. “O PSB diz que tem o Márcio França. Em algum momento se faz uma avaliação para ver quem tem mais chances. Se for o Márcio França, vamos discutir com ele. Mas eu acho, com toda modéstia, que o PT nunca esteve tão próximo de ganhar o governo do estado, como está agora.”
Já no Rio Grande do Sul, Lula disse que é possível fazer uma pesquisa com os candidatos do PT e do PSB para identificar qual deles tem mais possibilidade de vencer as eleições e indicar para concorrer ao cargo. “O PT não está fechado com as suas candidaturas. O PT tem interesse que o PSB tenha direitos. Precisa apenas a gente afinar a viola.”
Também na conversa com os jornalistas, o ex-presidente afirmou que a desigualdade social deve ser colocada como prioridade do governo federal, e não o teto de gastos. O petista disse ainda que é preciso colocar em segundo plano o “compromisso fiscalista” do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Ele também afirmou que para solucionar problemas no país é preciso, em primeiro lugar, “colocar o pobre no orçamento e, em segundo lugar, colocar o rico no Imposto de Renda”.
Lula disse ainda que a decisão de concorrer à Presidência só tem sentido se “tiver um compromisso de fé”. “Não posso querer ser presidente para resolver o problema do sistema financeiro, o problema dos empresários, o problema daqueles que ficaram mais ricos na pandemia. Só tem uma razão de eu ser candidato a presidente da República: é para tentar provar que esse povo pode voltar a ser feliz”, disse.
O ex-presidente também voltou a declarar que os resultados das eleições deverão ser respeitados por todos, em recado ao presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não quero ser um candidato do PT, o PT é o meu partido, mas quero ser de um movimento que esteja disposto a resgatar a dignidade do nosso povo e o direito de ele ser feliz. Esse movimento que vai restabelecer a democracia e que vai dar um golpe de urna no Bolsonaro. Essa história de que não vai aceitar, vai ter Capitólio… Ele pode até sair pelas portas dos fundos, mas quem ganhar vai tomar posse e vai presidir esse país”, disse Lula.
Ele também atacou o ex-ministro Sergio Moro (Podemos). “Em vida, consegui desmontar o canalha que foi o Moro no julgamento dos meus processos, o [Deltan] Dallagnol, as fake news. Consegui provar que a quadrilha eram eles”, disse.
Folhapress
Mesmo assim, Bolsonaro já deixou claro que Carlos vai manter a comunicação digital sob seu controle. Enquanto políticos do Centrão que participam do núcleo da campanha defendem contratar um marqueteiro do ramo, os bolsonaristas mais ligados à “direita raiz” e o próprio presidente confiam no tino de Carlos, a quem já respondiam os integrantes do grupo conhecido no Palácio do Planalto como “gabinete do ódio”.
Ministros palacianos dão como certo que, mesmo com um profissional de publicidade do agrado de Bolsonaro, o comando da comunicação será compartilhado com Carlos. A ideia é que o vereador continue desempenhando papel central nas redes sociais do presidente, estimulando a guerra virtual para atacar opositores e desafetos do governo.
Estadão Conteúdo