quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Hospital do Assú aparece entre os do interior prejudicados por paralisação de trabalhadores terceirizados
Matéria especial assinada pelo repórter Roberto Lucena, veiculada ontem, terça-feira, por intermédio do jornal Tribuna do Norte, tratou da problemática que está sendo enfrentada por várias unidades hospitalares do Estado com relação à limpeza e alimentação das unidades.
 
O problema, segundo a reportagem, teve origem no fato de o Governo do Estado não ter cumprido a promessa de efetuar o pagamento das empresas prestadoras de serviço nos cinco hospitais da capital do Estado e algumas unidades do interior, dentre as quais o Hospital Regional Dr. Nélson Inácio dos Santos.
 
Segundo a reportagem, o quantitativo de pessoal terceirizado do Hospital Regional do Assú é de 44 pessoas. A matéria jornalística cita que as empresas Safe e JMT esperavam o pagamento na ordem de 13 milhões de reais na última sexta-feira, 21 de outubro. Com a negativa, mais de 1.400 trabalhadores estão de braços cruzados. Com a paralisação,
 
o atendimento nos hospitais está prejudicado: cirurgias foram desmarcadas, consultas estão suspensas, falta alimentação para funcionários e acompanhantes e o lixo se acumula nas enfermarias e corredores. Apenas 30 por cento dos empregados estão trabalhando. Na tarde de ontem, na capital do Estado, uma audiência no Ministério Público do Trabalho poderia por fim ao movimento grevista. O secretário estadual de Saúde,
 
 Domício Arruda, garantiu que pagaria parte do débito ainda ontem. Na capital, a empresa Safe é a responsável pelo gerenciamento de 829 trabalhadores que se dividem entre auxiliares de serviços gerais, maqueiros, jardineiros, cozinheiros e recepcionistas. Os cinco hospitais de Natal – Walfredo Gurgel, Maria Alice Fernandes, Santa Catarina, Giselda Trigueiro e João Machado – enfrentam problemas parecidos. A Safe cobra do Governo do Estado seis meses de
 
pagamento, o que corresponde a uma dívida de 8 milhões de reais. Os meses em atraso são os de outubro, novembro de dezembro do ano passado e julho, agosto e setembro deste ano. Os funcionários, no entanto, estão sem receber a um mês. Além da Safe, a Secretaria Estadual de Saúde tem um débito na ordem de 5 milhões de reais com a JMT, responsável pelos trabalhadores terceirizados dos hospitais regionais e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Samu.
A matéria da Tribuna do Norte de ontem reiterou que a situação dos hospitais da capital se repete em algumas unidades do interior do estado. Com funcionários em 23 unidades, além do Samu, a empresa JMT Serviços e Locações de Mão de Obra cobra do Estado uma dívida na ordem de 5 milhões de reais referente ao atraso no pagamento dos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado e julho, agosto, setembro e outubro deste ano.
 
 Os trabalhadores da JMT fazem o mesmo serviço daqueles veiculados à Safe. São maqueiros, cozinheiros e auxiliares de serviços gerais que trabalham nos hospitais. Assim como em Natal, em algumas unidades do interior, apenas 30 por cento dos funcionários ainda estão trabalhando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário