A CPI da Covid da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte teve mais uma reunião na tarde desta quarta-feira (29). Na ocasião, foi ouvida uma funcionária do Samu, na condição de testemunha, acerca da contratação de ambulâncias, pauta que foi discutida na última semana. O destaque ficou com uma declaração do presidente da Comissão, Kelps Lima (Solidariedade). Segundo ele, uma investigação sobre suposta tentativa de coação ou treinamento para depoimentos de testemunhas será feita.
Na oitiva, Wilma Maria Fernandes Dantas, coordenadora-geral do Samu, foi ouvida como testemunha. Ela foi questionada sobre formatação do contrato e também execução do serviço. A coordenadora disse que o serviço foi útil e que não observou irregularidades.
O presidente da CPI, deputado Kelps Lima (Solidariedade), questionou a testemunha acerca dos motivos pelos quais o contrato foi suspenso, e pelo qual o empresário que teve o contrato suspenso não acionou a Justiça. Dúvidas que, segundo ele, ainda não foram respondidas à CPI.
“Houve uma vistoria que não há fotos do interior das ambulâncias, e isso também é de se estranhar, assim como também é de se estranhar que o Governo tenha encerrado o contrato se o pagamento ocorria somente por demanda. Esse é um dos contratos mais suspeitos que estão sendo investigados pela CPI”, disse o deputado Kelps Lima.
O relator da CPI, deputado Francisco do PT, que pertence a base do governo, disse que todas as pessoas ouvidas pela CPI atestaram a importância do contrato e que não há, em sua opinião, indícios de irregularidades.
“Como poderia haver um arranjo em que um envolvido tem prejuízo?”, questionou o parlamentar, em posicionamento semelhante ao mostrado na última semana.
O ponto que chamou a atenção durante a reunião foi quando o presidente Kelps Lima informou que recebeu relatos de que testemunhas estariam tendo acesso a oitivas momentos antes de seus depoimentos, o que não é permitido.
Além disso, o deputado também afirmou que vai apurar supostas tentativas de coação dos servidores convocados a depor na CPI e se essas testemunhas também teriam sido “treinadas” pelo Governo para os depoimentos.
“Caso esteja acontecendo, é algo que não vamos admitir”, garantiu Kelps Lima.
Nesta quinta-feira (29), a CPI terá a participação de três deputados da Paraíba que falarão, como convidados, sobre a investigação acerca da compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste. Os deputados ouvidos serão Cabo Gilberto, Wallber Virgolino e Davi Maia, conforme agenda divulgada pelo presidente da Comissão.
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