segunda-feira, 19 de abril de 2021

Artigo: Ex-candidato a vereador em Assú exorta reflexão sobre ausência de jovens na política estadual

 

Imagem: Ilustração
Ex-candidato a vereador em Assú nas eleições 2020, tendo somado 1.076 votos (3,14% dos sufrágios válidos), pela legenda do PSB, Paulo Henrique do Nascimento, popularmente conhecido como Paulinho do Acredito, é autor do artigo cuja publicação integral segue abaixo, com o título O avesso da cena: RN, o estado mais violento e sem emprego para as juventudes é também o estado sem jovens na política estadual.
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No ano de 2017 o estado do Rio Grande do Norte assumiu a posição de Estado mais violento do país. Pesquisas apontam que foram 62,8 mortes violentas por 100 mil habitantes, maior índice entre os estados brasileiros (Atlas da Violência). Esses dados de violências retratam um perfil, dos que matam e que morrem com faixa etária de 15 a 29 anos. Afinal, quem não conhece um vizinho do bairro, parente ou amigo que foi vitima ou teve envolvimento com a violência urbana? Segundo a PNAD 2020, o RN possui a quinta maior taxa de desocupação do país, a taxa entre os jovens de 18 a 24 anos bateu o recorde neste mesmo ano, chegando a marca de 36%. O recorde no ano de 2012 era de 30%. Afinal, quem não conhece ou tem um jovem em sua casa desempregado (ou é esse jovem)? Do outro lado da cena, uma pesquisa recente (2021) do IP SENSUS, apontou os 50 deputados estaduais mais citados no Rio Grande do Norte. Não é de se espantar que a maioria dos nomes citados retrata um perfil com idade média de 40+ anos, brancos, com poder aquisitivo médio/alto, declarados heterossexuais. Como os jovens potiguares, aqueles que estão no furacão do desemprego e da violência, têm sido representados no Legislativo? O Legislativo é o lugar onde as políticas públicas em nível de estado são construídas, tem uma tendência de serem compostas por diversos segmentos e representantes da sociedade, dos 24 deputados atuais não há nenhum declarado LGBT, negro e somente um deputado assumiu com faixa etária de 18 a 32 anos. Esse contexto reflete na falta de projetos e ações voltadas às juventudes em especial, desses jovens negros e das periferias. É urgente que partidos e toda sociedade apoiem e estimulem uma nova geração, de jovens na política, tornando o espaço mais democrático e mais representativo! Atualmente no estado esse espaço de representatividade parece avesso, e em tempos de crise, as juventudes buscam ocupar cada canto do sertão potiguar.

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