quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Lula livre Presidente da CUT defende que Haddad lidere campanha por liberdade de Lula

Para Freitas, Haddad precisa assumir esse papel para se cacifar como liderança de oposição após a eleição de Jair Bolsonaro

Sérgio Castro / Estadão
Haddad teria afirmado ainda que podem contar com ele na oposição ao governo de Jair Bolsonaro e na elaboração de propostas para o País

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, defendeu nesta terça-feira, 30, que Fernando Haddad, candidato à Presidência derrotado no segundo turno, assuma a liderança de uma campanha pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato.
Para Freitas, Haddad precisa assumir esse papel para se cacifar como liderança de oposição após a eleição de Jair Bolsonaro. O presidente da CUT vai sugerir ao petista que ele faça viagens ao exterior para defender o “Lula livre”. “Só dá mais tamanho para o Haddad. O Haddad hoje tem tamanho político para ser o grande líder da esquerda brasileira dentro e fora do PT”, afirmou ele na sede nacional do PT, onde o partido realiza uma reunião para discutir o resultado das eleições.
Na discussão sobre a sucessão da direção do PT, Freitas disse que a presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, deve ser reconduzida ao cargo no próximo ano ao menos que não queira. Haddad, para o presidente da CUT, ficou grande “dentro e fora do PT” e que não precisa de cargo para exercer essa liderança.
Em tom mais moderado, o ex-chanceler Celso Amorim afirmou que uma campanha propriamente dita não se faz necessária. “O mundo está vendo. Não precisa fazer campanha. Eles (líderes internacionais) vieram por causa da preocupação que eles têm com a democracia no Brasil.”
Propostas
De acordo com Freitas, Haddad pediu coragem aos aliados durante a reunião. Haddad teria afirmado ainda que podem contar com ele na oposição ao governo de Jair Bolsonaro e na elaboração de propostas para o País.
“Ele falou de coragem, que não podemos aceitar a violência, não podemos aceitar que o nosso povo fique intimidado. Temos que dizer que o povo tenha com quem lutar, contar com Haddad, com os partidos de esquerda e com os movimentos democráticos, para que não haja retrocessos”, relatou Freitas.

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