quinta-feira, 24 de maio de 2018

Robinson repete em 2018 a estratégia de Francisco José Junior em 2016 Bruno Barreto

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Robinson segue tática parecida com a de antigo pupilo
Há dois anos, Francisco José Junior reunia em um hotel de Mossoró uma montanha de gente formada por16 partidos e centenas de líderes comunitários que lhe manifestaram apoio. O prefeito mais impopular da história da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte tinha certeza de que esse apoio lhe daria competitividade.
Mas a montanha de gente pariu um rato de votos e o então prefeito caiu fora da reeleição de forma melancólica.
Era a velha confusão entre viabilidade política e viabilidade eleitoral que os homens e mulheres públicos fazem. O prefeito era eleitoralmente inviável por causa da baixa popularidade, mas tinha alguma sustentação política no projeto de reeleição cuja tendência (confirmada) era de se esvair.
Agora o governador Robinson Faria (PSD) adota a tática do outrora pupilo de Mossoró. Ele se aproximou dos prefeitos das cidades menores como atalho para conquistar o voto de um eleitor teoricamente menos exigente e mais fiel aos líderes políticos locais. Robinson já reúne em torno de si algo em torno de 10 partidos.
Francisco apostou tudo nos apoios políticos, mas faltou combinar com o povo
Francisco apostou tudo nos apoios políticos, mas faltou combinar com o povo
Esse quadro por si só garante ao governador a viabilidade política para entrar na disputa. O problema é que nem sempre a viabilidade política garante o principal: a viabilidade eleitoral. A junção dessas variáveis políticas é fundamental para vitórias nas urnas.
Ter viabilidade eleitoral sem muito apoio político deixa a campanha capenga, mas ter a viabilidade política estando eleitoralmente inviável é certeza de ser abandonado ao longo do pleito num vexame monumental.
case de Francisco José Junior está aí e o governador conhece bem a história. Vale lembrar que o próprio Robinson aconselhou o outrora pupilo a não tentar a reeleição. Deu no que deu.

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