Daqui a aproximadamente 20 dias teremos um novo governo: ou o da repactuação, prometido por Dilma, se ela ficar, ou o de uma união nacional, sonhado por Michel desde aquele “O Brasil precisa de alguém…”, no caso de o Senado afastar, ainda que, temporariamente, a presidente da República.
Viveremos, até lá, uma tensão política jamais vista, como a da última quinta-feira, quando um presidente da República foi obrigado, por questões de segurança, a abandonar seu próprio lar para refugiar-se no bem guardado Palácio do Jaburu, em Brasília, por conta de manifestantes raivosos.
Para os que, como eu, acompanham a política brasileira há 40 anos, não há precedente mais perigoso, nem mesmo quando, no início do governo Montoro, manifestantes quebraram as grades do Palácio Bandeirantes, e o conciliador Tancredo Neves, que estava lá, junto com Brizola, correu até Brasília para avisar Figueiredo:
“Se chegaram lá, vão chegar aqui!”.
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