Assú - Os indicadores sociais relativos ao Censo 2010 recentemente anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atestam, de forma indiscutível, que houve um erro crasso por parte da atual administração municipal do Assú ao optar pela eliminação do programa assistencial por meio do qual havia a distribuição mensal de quatro mil cestas básicas de gêneros alimentícios de primeira necessidade. A observação é feita pelo presidente do diretório municipal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), técnico agrícola Antônio de Paula Batista, "Neto Burrego".
Ele frisou que a falha clamorosa da gestão conduzida pelo prefeito Ivan Lopes Júnior (PP) fica patente ao verificar-se a realidade do Assú medida pelo Índice de Exclusão Social (IES). Este índice, salientou, é o reconhecimento do grau de desigualdade existente, levando em consideração a situação de cada município no que se refere aos seguintes itens do processo de inclusão/exclusão social: porcentagem de chefes de famílias pobres na cidade; taxa de emprego formal na população em idade ativa; desigualdade de renda; taxa de alfabetização por pessoa acima de cinco anos de idade; número médio de anos de estudo do chefe do domicílio; percentual de jovens na população, etc.
O líder partidário observou que, com base nos números oficiais de exclusões e privações da população do Assú, 11,5% de seus habitantes - correspondendo a mais de 6.120 pessoas - vivem em estado de extrema pobreza, com rendimentos que variam de R$ 1,00 a R$ 70,00. "É, portanto, uma faixa da comunidade que necessita diretamente da ação do poder público, como a distribuição de cesta básica e inserção no mercado de trabalho", relatou. "Essa condição foi subtraída com a eliminação da cesta básica pelo prefeito", completou "Neto Burrego". O programa institucional em questão havia sido criado pelo ex-prefeito Ronaldo Soares (PR), mas não continuou na gestão presente.
Perspectivas
O presidente do PCdoB em Assú informou que os dados produzidos pelo IBGE estão servindo de subsídio para uma completa radiografia sobre os indicadores sociais do município do Assú. No entanto, com o que já pôde ser verificado, "Neto Burrego" observou que as políticas públicas no município destinadas a reduzir os desníveis de exclusão social devem priorizar, de imediato, mudanças nos padrões de acesso a serviços essenciais, como água tratada, saneamento básico, coleta de lixo, segurança e educação. Disse que, só assim, será possível alcançar-se o patamar ideal na hierarquia das necessidades humanas: autorrealização; autoestima; pertencimento e amor; segurança e proteção; e comida, água e moradia.
Fonte: Omossoroense
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