domingo, 25 de setembro de 2011

Hospital Regional do Assú: agora transfere funcionários!

Apesar dos gatos que habitavam o Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos terem sumidos; de a fossa céptica ter sido esvaziada; de continuar a não ter condições de realizar atendimentos médicos nem de baixa complexidade; de continuar a encaminhar pacientes para ser atendidos no Tarcísio Maia, em Mossoró; de...  esta unidade de saúde pública continua a dar aulas de bizarrice e preocupação ao Estado brasileiro, que é, não podemos esquecer, um Estado de Direito.

Dessa vez, a estranheza surgiu de um ato administrativo desastroso e de claro desrespeito para com os procedimentos administrativos, os quais formam o corolário da administração pública: transferência de uma funcionária, sem que para tanto tenha havido a abertura do devido processo legal motivador da ação e nem motivo desabonador na conduta profissional da funcionária que balizasse tal ato, apenas a singela e particular opinião do gestor do Regional de que a funcionária não se enquadrava na nova metodologia por ele implantada.

Que danado de metodologia é essa? Mas, a funcionária, que realizou concurso público, passou e exerce suas funções no Regional foi em busca de seus direitos na justiça e conseguiu uma cautelar que lhe garante continuar a exercer suas funções no... Hospital Regional doutor Nelson Inácio dos Santos.

  • A estranheza do ato administrativo realizado pelo gestor do Regional parece ainda mais bizarro quando se vem a saber que alguns profissionais do setor de enfermagem não moram na cidade do Assú, vindo apenas à cidade para cumprir seus plantões ou algumas vezes nem vem, são substituídos remuneradamente, com anuência da gestão, por outros companheiros que aceitam tal acordo e até o presente momento não se tem noticia de que o gestor do Regional tenha solicitado ou mesmo, dado, a transferência destes profissionais.



Liduina Melo é a profissional de enfermagem transferida. As razões de tão inusitada transferência pairam sobre aquela órbita das esquisitices que abarrotam as mesas do Poder Judiciário e levam algumas pessoas a imaginarem que habitam um lugar misterioso, apenas pelo simples fato do desconhecimento de que o tempo passou, a ditadura militar já não existe mais e que o Brasil é um Estado Democrático de Direito e que a cidade do Assú é um dos entes federados da República Federativa do Brasil.  

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