A morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros, em Niterói, Rio de Janeiro, acendeu a luz amarela no Rio Grande do Norte. No Estado, a segurança de promotores, procuradores, juízes e delegados está aquém do ideal.
Foto: João Gilberto
Segundo cálculos do procurador geral da Justiça do RN, Manoel Onofre Neto(foto), pelo menos 76 Promotorias necessitam de segurança no Estado. Na maioria delas, faltam detectores de metais, sensores, vigilantes treinados e rotas de fuga.
O procurador se reúne na próxima semana com o Tribunal de Justiça do RN, Governo do Estado e Assembleia Legislativa.
"Com o Judiciário, vamos debater a necessidade de priorizar este serviço. Com o Executivo e o Legislativo, vamos tentar aumentar o valor investido na segurança institucional, através da ampliação do orçamento do gabinete de segurança institucional, criado dentro do Ministério Público", diz Onofre.
Equipar as Promotorias de Justiça, porém, não basta. Segundo Onofre, é preciso equipar os locais frequentados pelos promotores e juízes, como os fóruns, por exemplo.
Onofre relembra o caso do promotor de justiça Manoel Alves Pessoa, assassinado em 1997, no RN, quando deixava o fórum após uma audiência. "Não adianta o MP estar bem estruturado se os outros órgãos não estão. É preciso trabalhar de forma articulada com os órgãos", afirma.
Embora não haja números consolidados no RN, "registramos diversos casos de ameaça a promotores de Justiça", afirma Onofre.
Segundo o procurador, o Estado não "pode esperar que casos com o da juíza, por exemplo, aconteçam para só então encontrar alguma solução para o problema.
"É preciso que Judiciário, Executivo e Legislativo trabalhem de forma integrada desde já. O trabalho não pode continuar sendo feito de forma episódica. É preciso colocar o tema entre as pautas do dia e começar a realizar ações preventivas para evitar que vidas sejam ceifadas”, enfatiza Manoel Onofre.
Fonte: Tribuna do Norte
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