Como ocorreu com a paralisação dos professores da rede estadual de ensino, o Governo de Rosalba Ciarlini entrou nesta segunda-feira(29) com uma ação no Tribunal de Justiça pedindo a ilegalidade da greve dos docentes da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte(Uern).
A informação foi dada pelo secretário de Administração do Estado, Anselmo Carvalho. Segundo ele, o Governo não tem mais nenhuma proposta para apresentar aos grevistas.
"O Estado está impossibilitado de pagar qualquer reajuste além do que foi oferecido porque não há como compatibilizar com a Lei de Responsabilidade Fiscal para efeitos de cálculo de impacto. Infelizmente, o Governo não tem mais como aguardar que haja um desfecho sem que se recorra à Justiça e a condição para continuar conversando é que os servidores retornem ao trabalho", disse o secretário em entrevista ao Diário de Natal.
Nesta terça-feira(30), às 9 horas, na sede da Aduern, em Mossoró, os professores irão realizar mais uma assembléia.
Na ocasião, a categoria vai avaliar a decisão do Governo em pedir na Justiça a ilegalidade da greve e decidir sobre os rumos do movimento.
O presidente da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), professor Flaubert Torquato, disse que em relação às negociações a decisão do Governo de pedir a ilegalidade da greve na Justiça fecha as portas para o diálogo.
"Em relação ao pedido de ilegalidade em si, não temos muito que nos pronunciar por enquanto, até porque faremos isso nas contra-argumentações dentro da ação. Nossa assessoria jurídica já tomou conhecimento, vamos aguardar o julgamento da Justiça e dependendo da decisão decidiremos se vamos recorrer ou não. Mas lamentamos a 'judicialização' da greve pelo Governo", disse Flaubert em entrevista ao jornal O Mossoroense.
A greve dos professores da Uern chega hoje ao 91º dia. É a mais prolongada paralisação no setor educacional do Rio Grande do Norte.
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