terça-feira, 9 de agosto de 2011

Deputado Henrique Alves sai em defesa do ministro Pedro Novaes e diz que ele permanece no cargo


Foto: Divulgação
Henrique Alves sai em defesa do ministro do Turismo Pedro Novaes


O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, defendeu nesta terça-feira (9) o ministro do Turismo, Pedro Novais, em relação à operação da Polícia Federal que prendeu funcionários e dirigentes em razão de um suposto esquema de corrupção na pasta.

“O que o Pedro Novais tem a ver com isso? Com um convênio de dois anos atrás, volto a dizer, sem nenhum questionamento, sem nenhuma investigação?“, disse o líder do PMDB. Pedro Novais, do PMDB do Maranhão, ocupa o cargo de ministro por indicação do partido.

Perguntado se Novais permanecerá no ministério, Alves respondeu: “Lógico. Vai sair por que?"

Nesta terça, a PF prendeu 33 pessoas na Operação Voucher, entre elas, o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, que tem o cargo mais importante da pasta depois do ministro. Foram expedidos 38 mandados de prisão, mas cinco pessoas não foram encontradas, de acordo com a PF.

Segundo a PF, a ação visa "combater o desvio de recursos públicos destinados ao Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares ao Orçamento da União".

Henrique Alves também reclamou da prisão do secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, o ex-deputado Colbert Martins da Silva Filho.

“O convênio foi assinado em 2009, e o ex-deputado Colbert esta lá [no ministério] há dois meses. Não entendo o porquê da prisão”, disse Henrique Alves.

Quase três milhões desviados do Turismo

O diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, afirmou nesta terça-feira  que estima que tenham sido desviados do Ministério do Turismo dois terços do valor do contrato entre a pasta e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).

Isso equivale a quase R$ 3 milhões dos R$ 4,445 milhões do contrato destinado à qualificação de 1,9 mil profissionais de turismo no Amapá.

Em entrevista em Brasília, o delegado afirmou que os desvios eram feitos por empresários, funcionários do ministério, Ibrasi e empresas de fachada. Segundo ele, na busca realizada em São Paulo na casa do diretor-executivo do Ibrasi, que está preso, foram apreendidos R$ 610 mil em espécie.

Teixeira disse que o dinheiro destinado à capacitação de profissionais de turismo era repassado pelo Ibrasi a empresas de fachada. 

“Os recursos eram pagos a empresas que não existiam. Elas constavam no papel, mas ao checarmos os endereços, encontramos terrenos vazios ou outros estabelecimentos”, disse.

Fonte: Portal G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário