Como prevê a lei eleitoral, a partir de agora toda pesquisa divulgada precisa ser devidamente cadastrada no TSE, com detalhes sobre a metodologia, contratante e custo, além do questionário utilizado.
Perguntas direcionadas ou qualquer indício de manipulação pode ser alvo de impugnações.
Uma primeira análise mostra que Quaest, Ideia e Ipespe aplicam metodologias diferentes que podem levar a resultados distintos e dificultar comparações.
A do Instituto Ideia, encomendada pela Exame por R$ 27,9 mil, ouvirá 1,5 mil pessoas, entre os dias 7 e 13, através de “inquérito telefônico” em relação a 12 pré-candidatos, inclusive Aldo Rebelo, André Janones e Leonardo Péricles. Na lista de opções, o nome de Sergio Moro aparece depois de Jair Bolsonaro, Lula, Ciro Gomes e João Doria.
A da Quaest, encomendada pelo banco Genial por R$ 268 mil (o maior custo até agora), está ouvindo 2 mil pessoas em entrevistas presenciais domiciliares, com aplicação de questionários estruturados, entre os dias 6 e 12.
Na lista de pré-candidatos apresentada, Moro é colocado apenas como sexta opção, atrás de Bolsonaro, Lula, Ciro Gomes, João Doria e até Rodrigo Pacheco.
A Quaest garante que os nomes aparecem de forma aleatória (randomizada) no tablet usado pelos entrevistadores.
A pesquisa do Ipespe, encomendada pela XP por R$ 42 mil, ouvirá por telefone, entre os dias 8 e 14, apenas 1 mil pessoas. Na região Sul, serão ouvidas somente 150 pessoas. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais — a maior das três.
Na lista de 9 pré-candidatos, os nomes aparecem em ordem alfabética. Apesar de explorar cenários de segundo turno com os cinco mais bem avaliados, a pesquisa considera apenas Lula e Bolsonaro ao questionar se um ou outro, caso eleito, irá governar “para todos ou apenas para seus eleitores”.
Grande Ponto
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