domingo, 16 de janeiro de 2022

64% acham que Bolsonaro não merece se reeleger, diz pesquisa

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A rejeição do presidente (PL) voltou a níveis recordes. Para 64% dos brasileiros, o atual presidente não merece ser reeleito ao cargo de presidente da República. A última vez que dois terços do eleitorado rejeitaram Bolsonaro foi em novembro do ano passado.

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A sondagem ouviu 1.500 pessoas entre os dias 9 e 13 de janeiro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-03460/2022. Clique aqui para ler o relatório completo.

Nos últimos 12 meses, a rejeição de Bolsonaro está em movimento crescente. Em março do ano passado, o eleitorado estava dividido: 45% acreditavam que o atual presidente merecia ser reeleito – e 45%, não. Desde então, a rejeição está em trajetória ascendente e houve um distanciamento ente as duas curvas. Hoje, apenas 32% acham que Bolsonaro merece mais quatro anos no Palácio do Planalto.

Na pesquisa EXAME/IDEIA, outra forma de avaliar a rejeição de Bolsonaro é por meio da pergunta em quais pré-candidatos à eleição de 2022 o eleitor não votaria de jeito nenhum. 47% dos entrevistados dizem que não dariam seu voto de jeito nenhum a Bolsonaro. O segundo mais rejeitado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 35% afirmam que não votariam no petista, que é seguido pelo governador João Doria (PSDB) com 20%, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) com 17% e o ex-governador Ciro Gomes (PDT) também com 17% .

Os dados de rejeição de Bolsonaro dialogam com os baixos índices de avaliação e aprovação do governo. “Não chega a um quarto do eleitorado o número dos que avaliam o governo como bom ou ótimo. Ao mesmo tempo, mais de 50% dos eleitores seguem avaliando o governo negativamente”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA.

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