O tempo voa. Gira a roda gigante de 2022. Percebe-se sentimento de apreensão, em relação ao futuro. O Brasil não poderá ser “ilha”, imune de enfrentar os desafios comuns a outras nações. Cabe a indagar como garantir maior confiança, na pós pandemia.
Em princípio, deve ficar claro, que todos caminhos a percorrer serão obrigatoriamente pela via política, nunca da antipolítica. Daí jamais justificar-se distância, rejeição a política, ou aos políticos. Nessa conjuntura, desenha-se a polarização entre o Presidente Bolsonaro e o Ex-Presidente Luís Inácio da Silva. A novidade é o ex-ministro Sérgio Moro ter se lançado na disputa, com discurso mais para 2018, do que 2022.
Não se pode negar o prognóstico de que as eleições gerais serão realizadas em cenário de conflitos. A instabilidade atinge o estado de direito, que nada mais é do que o fenômeno político, originário da necessidade de disciplinar o poder, através da lei, com respeito ao princípio da separação dos poderes. Nos últimos anos ocorreram antagonismos entre o governo, o Congresso Nacional e o judiciário.
A viabilização da terceira via está distante. O fiasco das prévias do PSDB colaborou para o descrédito. O “gargalo” é a falta de alguém que assuma o indispensável discurso da “paz nacional e prioridade do social”. Observa-se a crescente radicalização política, na contramão da realidade global, tudo sob o falso pretexto de manter o “teto de gastos” para continuarem intocáveis certos “privilégios fiscais” e negado o direito a sobrevivência das multidões desassistidas.
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