sábado, 25 de setembro de 2021

DEPUTADOS FEDERAIS DO RN VÃO PRECISAR MUDAR DE LEGENDA

 

Reprodução

Com a decisão do Senado Federal essa semana, em aprovar a Proposta de Emenda à Constituição da reforma eleitoral (PEC 28/2021), mas rejeitar a volta das coligações nas eleições proporcionais, o cenário no Rio Grande do Norte vai mudar. Os deputados só aguardam o texto ser promulgado até 2 de outubro, para que as regras tenham validade nas eleições de 2022. Cada deputado federal é hoje de uma sigla diferente no Estado.

Alguns estão mais tranquilos. Por exemplo, a deputada federal Natália Bonavides, que teve na eleição passada 112 mil votos e sabe que o PT faz uma nominata com a possibilidade garantida de eleger um federal. Em 2018, o PT sem o Governo do Estado juntou com Natália, Fernando Mineiro, Camamuru Paiva e outros nomes menores e o voto de legenda, 263 mil votos. Garantiu uma vaga, hoje de Natália, mas a sobra deu mais uma para Fernando Mineiro, que até hoje aguarda sua posse em uma briga na justiça com o PP
de Beto Rosado.

Outro que vem trabalhando as bases do MDB antes mesmo da reforma política é o deputado federal Walter Alves. O nome do ex-senador Garibaldi Filho poderá encabeçar uma chapa de deputado federal com lideranças em todo Estado. Walter e a legenda do MDB em 2018 tiveram cerca de 100 mil votos. Só
que hoje existem 40 prefeitos com Walter e Garibaldi e em 2018 foram transferidos votos para outros deputados. Em 2022, Walter já descarta a possibilidade de “doar votos” e vai intensificar a nominata própria do MDB.

Quem anda fazendo contas é o deputado Kelps Lima (foto) que, com seu Solidariedade, pretende chegar a Câmara dos Deputados. Em 2018, só o Solidariedade juntou 106 mil votos. A coligação com PSL, PV, PSC teve pouco mais de 230 mil votos garantindo o general Girão. Hoje, Girão deve ir para uma legenda bolsonarista junto com os deputados Beto Rosado, Carla Dickson e até Benes Leocádio. Devido a isso, nomes que estão bem com seus partidos como João Maia (PL) e Rafael Motta (PSB) também deverão repensar o cálculo. Os dois partidos não chegaram a 100 mil votos em 2018.

*Matéria publicada no Agora RN

Nenhum comentário:

Postar um comentário