Sinceramente nunca fui pessimista, pelo contrário. Mas confesso que sinto temor pelo que estou vendo acontecer na atual conjuntura política. Antes da pandemia do coronavírus já vivíamos quatro grandes crise.
Primeira: A política, fruto de um golpe dado contra o governo da presidenta Dilma Rousseff - PT nitidamente configurada pela conspiração do seu vice-presidente Michel Temer - MDB, consagrado por um congresso na sua maioria vendido ao grande capital. O fato dividiu o País de forma tal que ainda não se reencontrou desembocando em um presidente de cunho autoritário.
Segunda: A econômica, que perdura desde o governo da presidenta Dilma com os seus 12 milhões de desempregados, no qual só fez se agravar no pós golpe. Fizeram reforma trabalhista usurpando direitos sagrados dos trabalhadores, fizeram a reforma previdenciária e congelaram os gastos públicos da saúde, educação, segurança e o social por 20 anos e piorou a situação do desemprego.
Terceira: O agravamento da saúde pública proveniente do congelamento do orçamento por 20 anos nas políticas públicas causadas pela política econômica.
Quarto: A crise social diante da incerteza de uma instabilidade presente e futura, o que nos deixa perplexo do que pode acontecer com as massas nas periferias dos grandes centros urbanos. Segundo o sociólogo Tiaraju Pablo D'Andrea afirma "a crise social é a ante sala do caos e da violência".
A hora é de bom senso da esquerda e dos democráticos desse País, na perspectiva de construir um projeto capaz de superar essa grande dificuldade que vive a nossa nação. Precisa de sabedoria, prudência e muita esperança em um futuro mais digno aos brasileiros.
Luizinho Cavalcante
Professor, historiador e ex-prefeito
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