domingo, 7 de janeiro de 2018

O RN com seus problemas e soluções

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Por Gutemberg Dias
Entramos no ano eleitoral com o Rio Grande do Norte mergulhado numa crise econômica sem precedente em sua história.  E, também, com seu governador sem ter um projeto claro para retirar o estado dessa condição.
Obviamente essa crise não é fruto, apenas, de três anos de mandato do atual governador. Ela vem se instalando desde muito antes. Infelizmente os últimos governantes, mesmo tendo conhecimento dos problemas futuros, optaram por ações de governo e não de estado.
Hoje, infelizmente, temos um estado quebrado onde o funcionalismo público sofre com atrasos nos pagamentos dos  salários a quase dois anos. Atualmente o estado vem pagando seus servidores com dois meses de atraso, ou seja, ontem é que encerraram o pagamento da folha de novembro.
A grande pergunta:  o Rio Grande do Norte ainda tem jeito?
Eu acredito que sim. Porém para isso é preciso que haja uma interação de todos os poderes e que eles sejam altruístas e cada um contribua com o que pode e o que não pode.
Não podemos aceitar, enquanto cidadãos geradores de impostos, que os poderes como o Judiciário, Legislativo e Tribunal de Contas do Estado, que nada geram de riquezas, se apropriem das sobras do duodécimo, não as devolvendo aos cofres públicos para sanarem parcialmente os problemas financeiros do estado.
Vejam o exemplo do Tribunal de Justiça do Estado, que segundo consta, tem mais de R$ 500 milhões em caixa. Destaco que esse dinheiro é do povo do Rio Grande do Norte. Enquanto isso, o governo do estado anda com o pires na mão esperando algo próximo de R$ 600 milhões da União para sanear parte dos atrasos dos salários.
Sei que mais uma vez quem irá pagar essa conta será o povo simples do nosso estado. Sempre foi assim e parece que não será diferente dessa vez. As medidas de austeridade serão aprovadas, talvez com alguma resistência, mas no geral grande parte da solução dessa grande crise cairá nas costas do povo.
O estado também fará a venda de alguns ativos, que em parte concordo, como o Centro de Convenções, Departamento de Estradas e Rodagens (DER), Centro de Turismo e a Central de Abastecimento (Ceasa).
Ainda, o governo anunciou que fará demissão de servidores com acúmulo de cargos, redução de cargos comissionados, demissão de celetistas aposentados e demissão de servidores não-concursados.
São saídas de curto e médio prazo. Quanto à demissão de servidores essa pode ser feita logo, mas o impacto geral na folha é pequeno. Em relação a venda dos ativos acredito que não existe comprador esperando para adquirir esses equipamentos amanhã, a não ser que sejam vendidos a preço de banana.
O governo além de buscar uma solução para sanear a folha de pagamento, precisa conseguir recursos financeiros para investimento. Não existe saída para o reequilíbrio das contas estaduais se não houver investimentos na infraestrutura que garante giro de dinheiro novo no mercado e, consequentemente, geração de empregos e impostos.
É bom o governo encontrar logo um saída. Os servidores e o povo já não tem mais a paciência de antes e isso está claro pelo enfrentamento das polícias e dos bombeiros em relação as decisões do judiciário e do próprio governo do estado.
Espero que o RN encontre o seu caminho. Será bom para todos !

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