sexta-feira, 17 de junho de 2016

PREFEITO DE ITAJÁ, LICÉLIO GUIMARÃES, E O PRESIDENTE DA CÂMARA, MAX BLÊNIO SÃO CASSADOS DEFINITIVAMENTE PELO TSE POR CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO, ABUSO DE PODER ECONÔMICO NAS ELEIÇÕES DE 2012


Depois de três anos o TSE cassou os mandatos políticos de prefeito de Itajá, Licélio Guimarães, e do presidente da Câmara, Max Blênio por captação ilícita de sufrágio, abuso de poder econômico nas eleições de 2012. Segundo a decisão:
Da questão de fundo.
1.  Constitui captação ilícita de sufrágio o ato de candidato doar, oferecer, prometer ou entregar bem ou vantagem de qualquer natureza a eleitor com o fim de obter-lhe o voto (art. 41-A da Lei 9.504/97).

2.  Abuso de poder econômico caracteriza-se por emprego desproporcional de recursos patrimoniais, públicos ou privados, de forma a comprometer a legitimidade do pleito e a paridade de armas entre candidatos. Precedentes.

3.  No caso, comprovou-se esquema de compra de votos orquestrado pelos recorrentes Licélio Jackson (Prefeito) e Max Blênio Medeiros (Vereador) e coordenado por João Marcelo Vagas e Jackson Cabral da Silva,tendo a apuração dos fatos iniciado-se mediante apreensão pela Polícia Militar, no dia do pleito, em poder de Marcelo, dematerial de propaganda (40 adesivos e 53 santinhos de Licélio e 16 santinhos de Max), de dinheiro e de listas contendo nomes de eleitores e benesses concedidas.

As provas documentais, somadas às testemunhais (depoimentos em juízo não contraditados), revelam quea captação ilícita foi promovida diretamente pelo candidato a prefeito e também por Marcelo Vargas mediante visitas a eleitores. Ressalte-se,inclusive, que a benesse a que se referiu o eleitor Alex Balbino da Silva em seu depoimento regularização de Carteira Nacional de Habilitação consta de uma das listas.

5. Afora a compra de votos de modo direto por Licélio Jackson, o liame com Marcelo Vargas quanto às demais condutas é incontroverso e foi demonstradoa partir de programa de campanha no rádio em que o próprio Marcelo manifestou apoio ao candidato a prefeito e conclamou o eleitorado a nele votar.

6. Abuso de poder também comprovado. O conteúdo das listas revela entrega de benesses dentre elas, regularização de Carteira Nacional de Habilitação, doações de materiais de construção e pagamento de alugueres em atraso que totalizam R$ 45.140,00, montante expressivo diante da dimensão do colégio eleitoral de Itajá/RN (7.061 eleitores), da diferença de somente 324 votos entre primeiros e segundos colocados e dos quase 7% de votos válidos obtidos pelo Vereador Max Blênio.http://wm.imguol.com/v1/blank.gifhttp://wm.imguol.com/v1/blank.gif

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