quarta-feira, 18 de março de 2015

Reservatórios: Açudes administrados pelo Dnocs não recebem recargas suficientes


Foto: Dnocs
Os açudes do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) situados nas bacias hidrográficas nordestinas, com poucas exceções, não vêm recebendo recargas suficientes para aumentar seus níveis, mesmo com as chuvas acontecidas nesses primeiros meses do ano, sobretudo na parte setentrional da região.
Os reservatórios do estado de PE foram os campeões de perda, haja vista que em janeiro estavam com volume médio de 18,7% de sua capacidade máxima e no momento se encontram com apenas 11%.
Para exemplificar essa situação, o açude de Serrinha, no município de Serra Talhada, que acumulava 311.080.000 m³ em outubro de 2014, hoje está com 43.128.000 m³.
No estado do CE, a perda no período de janeiro a março foi relevante, passando de 38,8% para 22% de suas capacidades.
O açude Castanhão – o maior da região – em janeiro se encontrava com 1.629.021.000 m³ e em março está com 1.531.771.000 m³, situação parecida com o açude Orós, ambos na bacia hidrográfica do rio Jaguaribe, que nesse período teve perda de 909.485.000 m³ para 898.084.000 m³.
Outros grandes reservatórios cearenses tiveram perdas no período: Araras, na bacia do rio Acaraú, de 76.199.000 m³ para 70.498.000 m³ ou 7,9% de sua capacidade; Banabuiú, na bacia do rio Jaguaribe, de 46.819.000 m³ para 23.130.000 m³, representando somente 1,44% de sua capacidade; e, Pentecoste, na bacia do rio Curu, de 3.859.000 m³ para 3.623.000 m³ ou 1,01%.
Em situação quase idêntica se encontram os reservatórios do estado do RN, que em janeiro estavam com volume médio de 38,4% e hoje estão com 26%.
A barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, que tem capacidade de acumular 2,4 bilhões de m³, estava com 787.064.000 m³ em janeiro e hoje está com 701.294.000 m³, representando apenas 29% de capacidade.
Na PB, a situação apresentava no período uma diminuição de 25,5% para 21%.
Nesse estado o açude Boqueirão de Cabaceiras, um dos mais importantes reservatórios, apresentava em janeiro um total acumulado de 91.313.000 m³ e em março se encontra com 87.432.000 m³.
A situação melhora um pouco no estado da BA, que teve perda de 49,9% para 46% nesse início do ano.
Entretanto, dois importantes reservatórios do Dnocs na BA tiveram pequenos ganhos: o açude Brumado, no Vale do Rio de Contas, tinha acumulação equivalente a 26.685.000 m³ em janeiro e 27.660.000 m³ em março; e, o açude Cocorobó, no vale do Vaza Barris, que passou de 101.135.000 m³ para 101.282.000 m³ no período.
Os dados estão no portal virtual do Dnocs na internet.

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