A crise causada pelas denúncias de corrupção que levaram o ex-deputado estadual Elias Fernandes (PMDB) a ser demitido do comando do Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (Dnocs) colocou em risco o sonho do deputado federal Henrique Alves de chagar ao comando da Câmara.
O líder do PMDB na Câmara Federal entrou em rota de colisão com a presidente Dilma Rousseff, que chegou a confidenciar a pessoas próximas que teme ver o potiguar no comando da Casa. Em meio a isso, o PT se articula para "melar" o acordo de revezamento com o PMDB que favorece Henrique.
Esta não é a primeira vez que um projeto de ascensão política do deputado potiguar termina em frustração. Ele tem um longo histórico de desejos frustrados seja pelo voto, denúncias ou descontrole como no episódio em que o parlamentar desafiou a presidente da República.
A primeira frustração de Henrique foi em 1988, quando foi derrotado por Wilma de Faria, na época filiada ao PDT, na disputa pela Prefeitura do Natal. Ao perder por pequena margem de votos, o peemedebista se tornou praticamente candidato único em 1992. Liderando todas as pesquisas com folga, caminhava para uma tranquila vitória no primeiro turno ainda mais porque o então governador José Agripino teve que recorrer a Ana Catarina Alves (irmã gêmea de Henrique) e a prefeita Wilma de Faria apostou no desconhecido engenheiro sanitarista Aldo Tinôco. Eram duas candidaturas colocadas apenas para marcar espaço.
No entanto, Aldo surpreendeu e forçou um segundo turno. Aí veio a frustração do filho do líder político Aluízio Alves: a derrota por apenas 961 votos.
Depois disso, Henrique chegou a descartar a possibilidade de ser candidato a cargos executivos, mas em 2002 veio a chance de realizar um sonho antigo do pai: ser governador do Rio Grande do Norte. Credenciado por ser o deputado federal mais votado do Estado em 1998, quando praticamente não fez campanha por problemas nas cordas vocais, Henrique foi ungido o nome do então governador Garibaldi Filho, que gozava de grande popularidade. Para isso foi criada a Secretaria Estadual de Governo e Projetos Especiais (Segov) em 2001 para dar visibilidade a Henrique, que estava atrás nas pesquisas.
Em meio a isso, surgiu uma oportunidade de ascenção ainda maior: ser vice-presidente da República. Ele seria o companheiro de chapa do tucano José Serra.
No entanto, a frustração veio por causa de uma denúncia da própria ex-mulher, Mônica Azambuja, que o acusou de ter mais de R$ 15 milhões no exterior. A reportagem da revista IstoÉ afundou o projeto de Henrique, que teve que entrar num disputa para a Câmara dos Deputados em que já tinha liberado as bases no interior. Por conta desses fatores, o parlamentar teve uma das mais fracas votações de sua carreira política.
Durante oito anos, Henrique Alves ficou sem grandes projetos. Contentava-se em ser o político potiguar mais influente dentro do Governo Federal. Até que surgiu a chance de ser presidente da Câmara dos Deputados, que corre risco de não passar de um sonho, assim como o desejo de chegar ao Senado em 2014. Esse último objetivo depende bastante de que o primeiro seja alcançado.
O líder do PMDB na Câmara Federal entrou em rota de colisão com a presidente Dilma Rousseff, que chegou a confidenciar a pessoas próximas que teme ver o potiguar no comando da Casa. Em meio a isso, o PT se articula para "melar" o acordo de revezamento com o PMDB que favorece Henrique.
Esta não é a primeira vez que um projeto de ascensão política do deputado potiguar termina em frustração. Ele tem um longo histórico de desejos frustrados seja pelo voto, denúncias ou descontrole como no episódio em que o parlamentar desafiou a presidente da República.
A primeira frustração de Henrique foi em 1988, quando foi derrotado por Wilma de Faria, na época filiada ao PDT, na disputa pela Prefeitura do Natal. Ao perder por pequena margem de votos, o peemedebista se tornou praticamente candidato único em 1992. Liderando todas as pesquisas com folga, caminhava para uma tranquila vitória no primeiro turno ainda mais porque o então governador José Agripino teve que recorrer a Ana Catarina Alves (irmã gêmea de Henrique) e a prefeita Wilma de Faria apostou no desconhecido engenheiro sanitarista Aldo Tinôco. Eram duas candidaturas colocadas apenas para marcar espaço.
No entanto, Aldo surpreendeu e forçou um segundo turno. Aí veio a frustração do filho do líder político Aluízio Alves: a derrota por apenas 961 votos.
Depois disso, Henrique chegou a descartar a possibilidade de ser candidato a cargos executivos, mas em 2002 veio a chance de realizar um sonho antigo do pai: ser governador do Rio Grande do Norte. Credenciado por ser o deputado federal mais votado do Estado em 1998, quando praticamente não fez campanha por problemas nas cordas vocais, Henrique foi ungido o nome do então governador Garibaldi Filho, que gozava de grande popularidade. Para isso foi criada a Secretaria Estadual de Governo e Projetos Especiais (Segov) em 2001 para dar visibilidade a Henrique, que estava atrás nas pesquisas.
Em meio a isso, surgiu uma oportunidade de ascenção ainda maior: ser vice-presidente da República. Ele seria o companheiro de chapa do tucano José Serra.
No entanto, a frustração veio por causa de uma denúncia da própria ex-mulher, Mônica Azambuja, que o acusou de ter mais de R$ 15 milhões no exterior. A reportagem da revista IstoÉ afundou o projeto de Henrique, que teve que entrar num disputa para a Câmara dos Deputados em que já tinha liberado as bases no interior. Por conta desses fatores, o parlamentar teve uma das mais fracas votações de sua carreira política.
Durante oito anos, Henrique Alves ficou sem grandes projetos. Contentava-se em ser o político potiguar mais influente dentro do Governo Federal. Até que surgiu a chance de ser presidente da Câmara dos Deputados, que corre risco de não passar de um sonho, assim como o desejo de chegar ao Senado em 2014. Esse último objetivo depende bastante de que o primeiro seja alcançado.
Bruno Barreto
Editor de Política
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Fonte: O Mossoroense
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