Publicado por Robson Pires,
O Palácio do Planalto já considera insustentável a permanência no cargo do diretor geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra à Seca), Elias Fernandes (foto). Avaliação foi feita nesta terça-feira pela manhã, depois da divulgação de reportagem do jornal O GLOBO que revelou a existência de irregularidades de R$ 312 milhões na autarquia, além de direcionamento de verbas de Defesa Civil, para o estado do Rio Grande do Norte. As irregularidades foram detectadas em auditoria da Controladoria Geral da União. O diretor Elias Fernandes é potiguar e afilhado político do líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).
Segundo auxiliares da presidente Dilma Rousseff, não é mais possível manter Elias Fernandes Neto no cargo depois da demissão do ex-diretor administrativo e financeiro, Albert Gradvohl, concretizada na segunda-feira. Gradvohl era afilhado político do PMDB do Ceará. Emissários do Planalto já foram acionados para negociar com o líder Henrique Alves a saída de Eias Fernandes. A intenção do Planalto é evitar uma crise política ainda maior com o PMDB, principal partido da base de sustentação do governo, no Congresso Nacional. Para contornar a crise, também já foi acionado o vice-presidente Michel Temer, presidente licenciado do PMDB.
Henrique Alves reagiu à possibilidade de substituição de Fernandes Neto pelo Palácio do Planalto. Para ele, não há motivos para a substituição do seu afilhado político para o comando da autarquia, já que todas as irregularidades apontadas pelo relatório da Controladoria Geral da União no Dnocs foram esclarecidas pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. O líder peemedebista embarcou para Brasília, segundo ele, para acompanhar uma audiência da governadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), no Ministério das Cidades. Ele disse que ainda não foi procurado por ninguém do Palácio do Planalto e que deve voltar para Natal ainda nesta terça-feira.
- Vão tirar o Elias por quê? Eu não vou nem discutir isso. Esse relatório da CGU não é uma posição final. A Controladoria é um órgão opinativo. Já tem uma resposta encaminhada pelo ministro Fernando Bezerra com os esclarecimentos. Quem decide se há irregularidade ou não é o TCU (Tribunal de Constas da União). Não era para nem mesmo o Gradvohl ter saído. Agora, o Elias tem que sair por causa disso? É um absurdo!, reagiu Henrique Alves, numa referência à demissão do ex-diretor administrativo e financeiro, Albert Gradvohl, concretizada na segunda-feira.
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