domingo, 28 de novembro de 2021

Robinson Faria desobedece a cúpula nacional do PSD e declara apoio a Bolsonaro no RN

O ex-governador do Rio Grande do Norte e presidente estadual do PSD, Robinson Faria, afirmou nesta sexta-feira (26), durante evento em Natal que contou com a presença do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, que vai apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, mesmo que seu partido trabalhe a candidatura ao Planalto do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

“Nosso projeto não tem nenhum segredo. Vamos apoiar a reeleição do presidente Bolsonaro. Vamos apoiar Bolsonaro para presidente novamente”, afirmou Robinson, à reportagem do portal 98 FM, declarando que Gilberto Kassab deu liberdade para cada estado deliberar de acordo com a conveniência e a circunstância local. “Nada contra (Pacheco), mas vamos apoiar Bolsonaro. É uma questão de opção do diretório estadual”, acrescentou o ex-governador.

As afirmações de Robinson Faria estão em desacordo com o que decidiu a direção nacional do partido. Em evento com filiados, na última quarta-feira, o PSD aprovou o “Manifesto de Brasília”, que contém uma série de parâmetros de conduta da sigla, incluindo a definição de candidatura própria para a presidência em 2022 e uma série de diretrizes para a formulação de políticas públicas a orientar lideranças e militantes.

 Presente ao encontro, Rodrigo Pacheco afirmou que “estará de corpo, alma, mente e coração” a serviço “do partido e do Brasil”. E destacou que o manifesto, “referendado de forma unânime”, é o início de um caminho de reconstrução do Brasil. Ele disse ainda que “amor ao Brasil” não é “colocar uma camisa da seleção brasileira e sair atacando o STF”. E ressaltou necessidade de respeito às pessoas e construção coletiva, com equilíbrio e responsabilidade.

Referendado por senadores, deputados, prefeitos, governadores, dirigentes e filiadas e filiados de todo o País, o Manifesto de Brasília defende, entre outros pontos: prática da boa política permanente, com diálogo e sem fazer oposição por oposição; a existência de um estado mínimo e centrado nas prioridades sociais; o enfrentamento das questões sociais e a busca por menos desigualdade no País; a  defesa intransigente da ciência, tecnologia e informação para o Brasil; e o estímulo ao empreendedorismo e o foco na sustentabilidade para o desenvolvimento. Todos estes pontos confrontam o discurso defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.

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