quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Senador Styvenson: “Fátima insiste em um Consórcio que só trouxe prejuízo”

 


“A minha avaliação é prejuízo. É dano ao erário público. É comprar e não receber”. Essa foi a avaliação feita pelo senador da República Styvenson Valentim (Podemos), indignado pelo fato do governo do Rio Grande do Norte persistir em permanecer no Consórcio Nordeste, onde o Estado levou um calote nos cofres públicos de quase R$ 5 milhões de reais, na compra de 30 respiradores que nunca foram entregues e nem o dinheiro foi devolvido.

Em entrevista concedida nesta quarta-feira (27), ao Jornal Agora RN, Styvenson classificou o Consórcio Nordeste como um arranjo político de gente parasita e preguiçosa: “Fátima insiste em permanecer em um consórcio que só trouxe prejuízos, desconfiança e ainda continua colocando dinheiro público do Rio Grande do Norte na manutenção desse sistema”. E completou: “No meu ponto de vista, é simplesmente esse arranjo entre ideologias, entre partidos de mesma direção, que criaram esse tipo de consórcio para gerar cargos e manter os seus filiados, formando esse cinturão nordestino de gente parasita e preguiçosa, sugando o dinheiro do povo”, disparou.

Para o senador do Rio Grande do Norte: “Qualquer ‘Homo Sapiens’ sensato já teria se retirado de algo que só gerou prejuízos e desconfiança. Não há lógica nenhuma continuar gastando dinheiro público na manutenção dessa estrutura oblíqua, sem credibilidade que não seja pela manutenção de cargos para abrigar apoiadores e militantes partidários, muitos bem pagos com dinheiro do contribuinte potiguar. Como se fôssemos ricos o suficiente para manter esse luxo de Consórcio Nordeste”, destacou.

De acordo com o Styvenson Valentim: “Eu espero que a CPI estadual da Assembleia Legislativa, Ministério Público e a polícia descubram. Espero que o dinheiro seja devolvido, espero que se retire o Estado desse Consórcio Nordeste e espero que a gente pare de ter prejuízos, porque é prejuízos em cima de prejuízos, é obra inacabada, é contratos muitas vezes superfaturados, é sempre essa fumaça de desconfiança com as coisas públicas. É inaceitável, é inconcebível, é imperdoável permanecer ainda em um consórcio que só deu prejuízo até aqui”, enfatizou.

Membros da CPI da Covid instalada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte disseram que vão pedir a quebra de sigilo de mais pessoas envolvidas na compra de respiradores que nunca foram entregues. Os deputados da CPI também anunciaram nesta na última segunda-feira que vão protocolar um pedido ao governo do RN para que o Estado deixe o consórcio.

Questionado qual a avaliação que faz, sobre o Estado não ter cobrado a devolução da quantia de quase R$ 5 milhões de reais investidas na compra dos respiradores Styvenson explicou: “Eu fico imaginando o seguinte, quando a gente empresta um dinheiro a um irmão de alma, alguém bem próximo a gente, que faz parte do nosso convívio, pessoas que a gente tenha algum laço de confiabilidade, cumplicidade. Ficar cobrando esse dinheiro, ainda mais dinheiro público, que não é meu, é por isso que ninguém zela com a coisa pública”, disse.

Segundo o Senador Styvenson Valentim: “Eu quando surgiu essa conversa de comprar respiradores e não enviar, encaminhei um oficio ao então ministro André Mendonça, ao Tribunal de Contas da União (TCU), ao Ministério Público Federal e a todos os órgãos de controle e fiscalização, porque eu estou interessado nisso. Estou interessado também nas outras operações, porque essa é a minha linha de raciocínio, eu não sou partidário, eu não tenho lados e a minha função é essa. Eu posso ser fraco em tudo, mas eu tenho muita força para fiscalizar e torço para que tudo isso seja esclarecido. E se for esclarecido, de uma forma que comprove que houve desvios, improbidade administrativa, que houve qualquer crime do código penal, que leve ao indiciamento, que seja preso e devolva o dinheiro. Mas que antes de ser preso, devolva o dinheiro”, finalizou.

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