A deputada federal Natália Bonavides, do PT do Rio Grande do Norte, destinou um valor de R$ 100 mil para uma universidade do estado de São Paulo. A informação foi divulgada pelo Blog do Gustavo Negreiros.
De acordo com a publicação, os recursos são frutos de uma emenda parlamentar – que costumeiramente são distribuídos para os estados dos parlamentares.
A deputada enviou uma nota confirmando o repasse - que teria disso destinado para o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) – e afirmou que continuará distribuindo recursos para a instituição.
Confira a nota na íntegra:
Existe pelo menos um potiguar desaparecido cujos restos mortais podem estar nas ossadas que foram localizadas na vala clandestina do cemitério de Perus. Essas ossadas, que incluem as de mortos pela ditadura militar, estão hoje localizadas no Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Unifesp. É em defesa do direito à memória e à verdade do povo potiguar que o mandato da deputada federal Natália Bonavides tem atuado nesse tema e fortalecido as políticas de apoio a familiares de desaparecidos e mortos pela ditadura militar. Nesse sentido, os recursos que o mandato destinou ao Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Unifesp visam justamente fortalecer o trabalho de identificação dos restos mortais que lá estão, inclusive na esperança de que histórias como a do potiguar Luiz Maranhão venham à tona e familiares que nunca puderam enterrar seus entes queridos tenham esse direito.
É no CAAF que podem estar os restos mortais do potiguar Luiz Maranhão, de Fernando Santa Cruz e de mais de uma centena de outros brasileiros e brasileiras que lutaram pela democracia e por isso foram assassinados pela ditadura. Mortos que foram colocados numa vala comum para que o crime dos agentes do Estado nunca fosse descoberto.
Foi um compromisso de campanha fazermos a luta pela memória e verdade e desde nosso primeiro dia de mandato temos cumprido esse compromisso. Isso incomoda aqueles que defendem a ditadura, que fazem piada com a dor das famílias dos mortos e desaparecidos e que menosprezam a luta pela memória e pela verdade.
Apoiamos e seguiremos apoiando as ações do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Unifesp e todas as instituições que trabalham para restabelecer a verdade dos crimes da ditadura, principalmente num momento em que temos um governo que acabou com a comissão de mortos e desaparecidos e que comete um genocídio inspirado no que de pior fez a ditadura. Não só por potiguares desaparecidos como Luiz Maranhão e Hiram Pereira e suas famílias; mas por toda a sociedade potiguar, que tem direito de saber da verdade sobre a história."
Fonte: Portal Grande Ponto
Nenhum comentário:
Postar um comentário