sábado, 19 de setembro de 2020

Styvenson e a busca pela (inexistente) da perfeição política Bruno Barreto

 



Styvenson exagera para passar imagem de coerente (Foto: reprodução/Redes Sociais)

A política é um espaço que reúne humanos imperfeitos. Aliás, tudo neste mundo reúne imperfeições comportamentais. Não existe alguém infalível.

Mas para o senador Styvenson Valentim (PODE) é possível fazer da política um campo para atuação sem máculas, erros ou deslizes. É assim que ele se enxerga, inclusive.

O parlamentar, novato na política, demonstrar ter pavor só de pensar em ser pego em algum tipo de contradição do ponto de vista moral.

Foi por isso que ele expôs a irmã desempregada que pediu auxílio emergencial. Foi graças a isso que ele constrangeu a outrora candidata a prefeita de Mossoró Bianca Negreiros por ter respondido a um processo na Receita Federal há 20 anos.

Sobre esse último caso um parêntese: Bianca na verdade não poderia ser candidata por uma condenação na esfera criminal com base no artigo 171 do Código Penal brasileiro. A questão é que a manifestação de Styvenson não foi com base nesta informação. Parêntese fechado.

O senador que coloca o combate a corrupção como prioridade precisa amenizar o próprio discurso e ter mais cuidado com os aliados. Não se trata de ser tolerante com a corrupção, mas de conter exageros.

A postura tem gerado antipatias e enfraquece a sua própria causa fazendo vítimas os expostos.


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