Em sua homilia na noite de Natal, o Papa Francisco defendeu o amor num mundo marcado pelo ódio disseminado pela extrema-direita. O papa apontou para a esperança de um novo tempo: "Não perder a esperança, não pensar que amar seja tempo perdido”.
247 - O Papa Francisco defendeu o amor incondicional e gratuito pelo próximo, inclusive diante das piores condutas, como uma condição essencial para transformar o mundo e alcançar a paz. Durante a Missa do Galo, o pontífice falou a milhares de fiéis presentes na Basílica de São Pedro e também aos que acompanhavam a celebração pelos telões instalados na Praça de São Pedro, na noite de terça (24). Coragem, afirmou o pontífice aos fiéis: “não perder a esperança, não pensar que amar seja tempo perdido”.
"O Natal nos lembra que Deus continua amando a todos, mesmo o pior de nós. Podemos ter ideias erradas, termos feito uma grande bagunça em nossas vidas, mas Deus continua a nos amar. Quantas vezes nós imaginamos que Deus é bom quando somos bons e que ele nos pune quando merecemos. Mas ele não é assim", afirmou o Papa .
Sem mencionar casos específicos, Francisco também se referiu a problemas recentes enfrentados pela Igreja. Entre eles estão os casos de abuso sexual ao redor do mundo e as irregularidades financeiras envolvendo o Vaticano.
"Vamos contemplar o menino e nos entregar a seu amor terno. Não temos desculpas para não nos permitirmos o seu amor. Seja lá o que der errado em nossas vidas, o que não funciona na Igreja ou os problemas do mundo, nada disso serve de desculpa. Tudo é secundário diante do amor extravagante de Jesus, um amor humilde e íntimo", apontou.
Em seu discurso a 1,3 bilhão de católicos pelo mundo, Francisco falou sobre amor incondicional e pediu que os fiéis não esqueçam o sentimento de gratidão porque ele é a "melhor maneira de mudar o mundo".
"Converter-se em dádiva é dar sentido à vida e é a melhor maneira de transformar o mundo: transformamos a nós mesmos, transformamos a Igreja, transformamos a História quando começamos a não querer mudar os outros mas apenas a nós mesmos", disse o Papa.
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