O ex-deputado federal disse à TV 247 que após Bolsonaro ter confessado que cometeu crime de obstrução de Justiça no caso Marielle, o PT deve se articular em torno de pedido de impeachment. "Não podemos ficar quietos, sob pena de a história nos apontar como coniventes", afirmou
247 - Ex-presidente da OAB-RJ e ex-deputado federal Wadih Damous se posicionou, em entrevista à TV 247, sobre um possível pedido de impeachment de Jair Bolsonaro articulado pelo PT. Declaração do ex-deputado veio após Bolsonaro ter confessado o crime de obstrução de Justiça no caso Marielle.
Para ele, o partido deve assumir esta bandeira para que não seja conivente com as ilicitudes de Bolsonaro. Wadih explicou também que dentro do PT não havia, antes da confissão de Bolsonaro, uma posição unificada pelo pedido de impeachment. Agora a discussão terá de ser refeita.
"Nós vamos conversar com a bancada e com o líder Paulo Pimenta. Em relação ao PT as coias não são simples assim, o partido não tem posição oficial sobre essa questão de impeachment. Temos que conversar com a presidenta Gleisi. Eu acho que o PT tem que, nesse momento, dar uma virada e assumir a bandeira do impeachment. Se não fier, a gente acaba, à luz da história, sendo conivente".
Wadih ressaltou que um possível pedido de impeachment não deve se tratar de frear as políticas econômicas de Bolsonaro. "Não se trata usar de o impeachment contra a política econômica de Jair Bolsonaro. Fraudulentamente ou não, ele foi eleito, está tocando a agenda dele e isso quem tem que resolver é o povo nas urnas e nas ruas. Agora, há práticas sucessivas de crimes, e o mais grave deles ele confessou ontem. Obstrução da Justiça de um presidente da República, nós não podemos ficar quietos, de braços cruzados, sob pena de a história nos apontar como coniventes".
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