segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Deltan dirigiu pressão contra sorteio no STF, pediu a Barroso para assumir vaga e no fim disse que Fachin foi 'coisa de Deus'

Os novos diálogos da Vaza Jato também revelam que os procuradores de Curitiba, além de vetar alguns ministros do Supremo Tribunal Federal para a relatoria da Lava Jato, também tinham duas preferências: Luis Roberto Barroso e Edson Fachin, que acabou se movimentando para ocupar a vaga
247 – Enquanto o Brasil vivenciava a tragédia causada pela morte do ministro Teori Zavascki, o procurador Deltan Dallagnol agia nas sombras para emplacar seu substituto. "Em 31 de janeiro, Dallagnol manifestou sua preocupação com os colegas da força-tarefa do Paraná no grupo Filhos do Januário 1. Ele sugeriu que dissessem a jornalistas, em off, que temiam 'que Toff, Gilm ou Lew assumam' e que delegassem aos movimentos sociais a tarefa de pressionar o STF a não definir a questão por sorteio, o que seria uma 'roleta russa'”, aponta a nova reportagem, assinada por Rafael Neves e Rafael Mora Martins.
No dia seguinte, em 1º de fevereiro, o ministro Edson Fachin, de surpresa, pediu para migrar para a segunda turma. Mas a Lava Jato preferia que Luís Roberto Barroso tivesse feito isso. Numa conversa privada com uma ex-integrante da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República, Dallagnol indica que chegou a fazer o pedido a ele:

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