sábado, 9 de junho de 2018

Conscientização sobre o voto é prioridade para movimento sindical

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É preciso que os trabalhadores saibam que mesmo uma campanha salarial vitoriosa que mantenha direitos não será suficiente se o voto nas eleições de outubro for para candidatos que aprovem leis contra os trabalhadores.

Essa preocupação e priorização de um tema espinhoso, que é encarar a política, os políticos, as eleições legislativas e o voto dos trabalhadores em outubro, tem sua parcela de aceitação pela base. Os trabalhadores querem que os Sindicatos divulguem os nomes dos políticos que votaram contra os trabalhadores.

Uma parcela significativa da classe trabalhadora ainda não sabe quais partidos políticos orientaram suas bancadas para votar, por exemplo, contra a reforma trabalhista, contra a lei que liberou a terceirização em todas as atividades das empresas e contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do teto dos gastos públicos, temas que, transformados em leis no ano de 2017, prejudicaram, e muito, toda a Classe Trabalhadora e a população brasileira como um todo.

Nosso desafio é dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras para que compreendam que a nossa forma de interferir diretamente é através da escolha de candidatos para os Poderes Executivo (Governo Estadual e Presidência) e Legislativo (deputados federais, estaduais e senadores). São os parlamentares que interferem diretamente na vida de cada cidadão. No preço da gasolina, no preço do feijão. Essas leis mexem nas nossas vidas e quem decide são os representantes que estão lá.

A tarefa árdua de se fazer entender sobre a conscientização do voto referente a nomes de candidatos e partidos políticos não diz respeito somente a um indivíduo, mas sim a propostas de atuação para o País como um todo e não apenas para grupos hegemônicos, como é atualmente. Os trabalhadores bancários precisam saber da necessidade da representação deles no Congresso Nacional, assim como os proprietários de grandes faixas de terra no País, os donos de indústrias. E os trabalhadores não têm essa representação.

Na votação da reforma trabalhista, das 800 emendas apresentadas pelos deputados, cerca de 300 foram elaboradas pela Fenaban. Quem votou a favor dos interesses dos banqueiros? Essa interferência nos direitos da Classe Trabalhadora foi feita por quem? É logico que foram os representantes dos banqueiros nos parlamentos, deputados federais e senadores, que foram eleitos com doações polpudas e tiveram que fazer a vontade daqueles que os apoiaram.

O desafio é convencer os trabalhadores de que é preciso eleger candidatos que vão os representar, atuar pela manutenção de direitos e inclusive com a possibilidade de revogar a lei que destruiu a CLT. Não é simplesmente ter um Sindicato forte que resolveremos os problemas. Nós temos que ter nossos representantes no Congresso Nacional para reverter esse quadro e buscar avanços que almejados.

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