segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Faculdade aproveita reforma trabalhista de Rogério Marinho e demite 1.200 professores comprometendo qualidade do ensino, diz empresário


RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL, 04-04-2011, 11h00: Chain Zaher, em entrevista, na sua sala, na unidade da Ribeirania do COC. Perfil de Chaim Zaher, dono do SEB (Sistema Educacional Brasileiro), maior rede particular de ensino (em número de escolas próprias) do País. (Foto: Márcia Ribeiro/Folhapress, REGIONAIS)
O empresário Chaim Zaher
A demissão de 1.200 professores anunciada na terça-feira (5) pela Estácio, segunda maior instituição de ensino superior do país, prejudica a imagem da reforma trabalhista e pode atrapalhar os esforços pela reforma da Previdência.
A opinião é do empresário Chaim Zaher, que até agosto era o maior acionista individual da Estácio, antes de vender as suas ações. O corte em massa foi interpretado como um primeiro sinal avassalador da reforma trabalhista relatada pelo deputado federal Rogério Marinho do RN.
” Sou frontalmente contra [a demissão]. A reforma trabalhista tem que vir para ajudar, e não para esse tipo de ação. É anormal demitir tantos professores de uma vez. A instituição que fizer isso vai ver decair a qualidade com certeza. Não se pode confundir uma ação isolada de alguém que quer buscar resultado com uma tendência na educação. Muitos educadores jamais fariam isso, e por isso, às vezes, até atravessam dificuldade”, dizze Zeher
Novos profissionais serão recontratados para substitui-los sob o modelo trabalhista renovado. A empresa diz que lançou “um cadastro reserva de docentes para atender possíveis demandas nos próximos semestres, de acordo com as evoluções curriculares”. A informação foi antecipada pelo jornal “O Globo”.
De acordo com nota da assessoria de imprensa da companhia, “todos os profissionais que vierem a integrar o quadro da Estácio serão contratados pelo regime CLT, conforme é padrão no grupo”.
A nova lei trabalhista formalizou o trabalho intermitente, permitindo que as empresas criem um banco de funcionários que podem ser acionados quando houver demanda. O pagamento é proporcional ao tempo dedicado

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