segunda-feira, 29 de maio de 2017

Das chuvas que não chegaram


fernandinho doisO mês de abril terminou e ficou devendo chuvas a 2017. Maio já está no fim, avistando junho, e também tende a passar para a história como mais um mês caloteiro… Prometeu chuvas e não entregou e nesta pisada já vamos marchando para o sexto ano de estiagem no Seridó que a gente ama.
Não foi, todavia, sem um completo aviso. O ano começou com perspectivas, mas a dúvida já existia. Mesmo contrariado por equívocos e imprecisões, os doutores entendidos do tempo já sinalizavam preocupação com o inverno de 17. Como é melhor uma esperança tarde a um desengano cedo, já aproveitaram também para dizer que em 18 o tempo avisa que a chuva tende a chegar. A espera é doída, sobretudo para quem planta e cria. Sem água, o que se planta não aparece; o que se cria, morre.
Enquanto não chega a água que se espera, as cidades vão amargar severo racionamento, economia que os sítios já conhecem há décadas e décadas! Nas secas de tempos atrás, o sertanejo corria para criar alternativas, desde austero consumo até a abertura de cacimbas. Não eram disponibilizadas máquinas. A abertura era no braço e, algumas vezes, com a ajuda de boi manso e carroça. A água, nem sempre limpa, servia para quase tudo… De um lado, para o gado beber; de outro, para o serviço da casa.
Por Fernando Antonio (advogado)

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