sexta-feira, 19 de maio de 2017

ÀGUA BENDITA


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A área territorial do Rio Grande do Norte corresponde a 52.796,791 km, sendo que 90,69% desta área está localizada a região do polígono das secas, conhecida pelos longos períodos de estiagens e/ou secas cíclicas.
Com a pior seca do Nordeste, quase metade dos municípios da região entraram 2017 em emergência. São mais de 900 dos 1.794 municípios em estado de emergência. Se os prognósticos se confirmarem e achamos que sim, passaremos para o sexto ano de seca consecutiva, e para os estudiosos, este poderá ser o maior período de estiagem e de efeitos mais perversos dos últimos 100 anos, portanto, se faz necessário a tomada de medidas mitigadoras dos gestores municipais e estaduais, até mesmo do Governo Federal, no enfrentamento da crise hídrica, face a redução e insuficiência da precipitação pluviométrica para recarga dos reservatórios.
O Rio Grande do Norte e as demais áreas do Nordeste incluídas no ecossistema do semiárido poderão tercerca de nove anos de estiagem prolongada. A projeção foi do professor Luiz Carlos Baldicero Molion, PHD em Meteorologia e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas. A análise dele está baseada em estudos sobre o comportamento das temperaturas nos oceanos, relacionado com os levantamentos dos dados das séries históricas de chuvas nos Estados nordestinos, e que indicam que haverá um longo período de redução na precipitação pluviométrica da região, o que está se confirmando.
A salvação é a conclusão das obras do eixo norte do projeto de integração do Rio São Francisco que garantirão água para vários munícipios do Rio Grande do Norte, que estão com abastecimento em colapso. Pelo que temos conhecimentos através de jornais é que a ordem de serviço do Ministério da Integração deverá ser assinada ainda neste semestre. Dois terços (94) dos munícipios do Rio Grande do Norte serão beneficiado direta ou indiretamente, através de adutoras. A Ideia da transposição do Rio São Francisco, data do século XIX. Os dados remete à 1847 – Foi no reinado de Dom Pedro II após dois anos de estiagem no Nordeste, o intendente da comarca do Crato, no Ceará, Marcos Antônio de Macedo, a propor um projeto para trazer água do São Francisco para o seu estado. O canal partiria de Cabrobó, em Pernambuco, para abastecer o rio Jaguaribe, um dos principais do Ceará. Foi o primeiro projeto de transposição das águas do rio São Francisco. Estudos posteriores, porém, mostraram que não havia recursos técnicos no país para que a obra fosse implementada. Depois de muita reza e 170 anos de espera e esperança, foi tirada do papelem 2007, no governo do Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a finalidade de atender mais de 12 milhões de pessoas em quatro Estados do nordeste (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará).

APB-EVOLUÇÃO

ASSU-RN, MAIO DE 2017

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