domingo, 9 de abril de 2017

Temer e sua aula de paz política


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A política brasileira atingiu tamanho grau de de beligerância que palavras como “negociação”, “acordo” e “compromisso” foram substituídas por “desfigurado”, “recuo” e “ofensiva”.
O governo teria recuado na defesa de seu projeto de reforma da Previdência, que poderia vir a ser desfigurado pelos parlamentares. Essa ilusão parte de duas premissas erradas. Uma, de natureza subjetiva, supõe que Michel Temer seja burro, muito burro. Aos 76 anos, com seis mandatos de deputado (sempre com poucos votos), tendo presidido a Câmara em três ocasiões, por burrice, Temer mandou ao Congresso um projeto de reforma que não podia defender. A segunda ilusão, de natureza objetiva, supõe que o Congresso Nacional é uma empresa de consultoria. Ele pode ser um horror, mas é um poder da República, depositário da vontade popular e ao longo da história produziu menos desastres que os çábios da economia.

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