Por Heitor Gregório
Sem conseguir ser o Governo da Segurança, como prometeu, nem muito menos melhorar a Saúde Pública instalando um birô de trabalho no Hospital Walfredo Gurgel, o governador Robinson Faria (PSD) se preocupa com sua reeleição, que parece longe, mas as convenções já serão daqui a 14 meses.
As ações do Governo Robinson, até aqui, terminam sempre com alusão ao Cidadão, que está literalmente abandonado pela atual gestão. A Ronda Cidadã foi somente um ‘adesivaço’ nas viaturas sucateadas da combalida e sofrida Polícia Militar (PM). As estatísticas com recordes em números de roubos, assaltos e homicídios falam por si.
Já a Vila Cidadã é um projeto de distribuição de identidade, CPF e aferição da pressão arterial pelo interior, para render postagens nas redes sociais e se fazer ‘comícios’, como o recente em São Miguel, onde o governador era anunciado com a música de sua campanha.
Tem também o Transporte Cidadão, que não passou de mais uma postagem em rede social. Entrou em vigor? Alguém já está sendo beneficiado? Ninguém nem mais ouve falar. Por fim, chegou o Moradia Cidadã, em um momento que o Governo não tem – sequer – data definida para pagar ao funcionalismo, em grande número com registros de inadimplências junto aos bancos pelo motivo do Estado descontar da folha, mas não repassar os valores de empréstimos consignados às instituições bancárias.
Aí o Governo pode falar do RN Sustentável, mas foi um programa criado e viabilizado pela gestão de Rosalba Ciarlini, igualmente ao Sanear RN, que vai deixar Natal 100% saneada com recursos também oriundos do Ministério das Cidades.
Na Cultura, acabou-se até o Agosto da Alegria. Tudo é desgosto. A começar pelo nosso maior patrimônio cultural, o Teatro Alberto Maranhão, um dos belíssimos pontos turísticos da nossa capital, que está fechado após interdição do Corpo de Bombeiros.
Daqui a 14 meses, período das convenções, qual será a marca de Robinson? Governo da Insegurança. E esse é o maior discurso contra o próprio Chefe do Executivo Estadual e criado por ele próprio.
Vaidoso, Robinson poderá ficar só com as lembranças das bajulações, liturgias do cargo e a segurança de um carro blindado.
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