A soltura do goleiro Bruno Fernandes, condenado por matar em 2010 a ex-namorada Eliza Samudio, se tornou mais um motivo de revolta para Sônia de Fátima Moura, mãe da jovem. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (26), Moura se mostrou inconformada com a decisão.
“Seis anos e sete meses pagam uma vida humana? Sou leiga para falar em leis, mas gostaria que a Justiça fosse mais ampla. Gostaria que ele cumprisse os 22 anos que foram dados a ele”, afirmou.
“Por que ele acabou com a vida da minha filha de forma tão cruel e covarde? Queria dizer para o Bruno o seguinte: se você sofrer um por cento do que eu sofro hoje, você saberia o porquê de tanta revolta.”
Pouco depois de ser solto, o goleiro declarou que já havia pago sua pena e que uma possível prisão perpétua no Brasil não traria a vítima de volta.
“Vou recomeçar. Independente do tempo que eu fiquei preso. Se eu ficasse lá, [se] tivesse prisão perpétua, por exemplo, no Brasil, não ia trazer ela [Samudio] de volta”, afirmou.
O caso Eliza Samudio
Bruno cumpriu seis anos e sete meses dos 22 anos e três meses de prisão a que foi condenado por assassinato e ocultação de cadáver de Samudio e também por sequestro e cárcere privado do filho que os dois tiveram.
Na noite da última sexta-feira (24), Bruno deixou a Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) de Santa Luzia (MG), na região metropolitana da capital mineira, após determinação do ministro Marco Aurélio Mello, em decisão liminar (provisória).
Ele poderá ficar em liberdade enquanto o recurso contra a condenação não é julgado, aguardando os recursos.
Do UOL, em São Paulo
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