segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Partidos punem mais infidelidade do que corrupção

Partidos punem mais infidelidade do que corrupção
Sem punição. Mesmo preso pela Lava Jato em Curitiba, Eduardo Cunha continua filiado ao PMDB.
Nenhum acusado na operação foi expulso de sua legenda
Votar contra o partido pode ser mais mortal para um político do que se envolver em escândalos de corrupção. É o que mostrou um levantamento feito pelo jornal “O Estado de S. Paulo” feito junto a partidos, em torno de nomes investigados na operação Lava Jato.
De acordo com o estudo, ao menos 86 integrantes de dez legendas são alvo de investigação, denúncias e ações penais. Desses, apenas dois foram alvo de algum tipo de processo para expulsão ou punição partidária. Nenhum deles, porém, chegou a fim.
No PT, chegou-se a instaurar um processo de expulsão de Delcídio do Amaral (MS) quando então senador foi preso e veio à tona uma gravação comprometedora entre ele e o filho do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró. Enquanto corria o prazo para que se defendesse, porém, ele deixou a legenda.
O Solidariedade (SD) abriu processo de expulsão contra o ex-deputado Luiz Argôlo (BA), já condenado na Lava Jato. A pena foi de 11 anos e 11 meses, mas ele permanece na sigla porque o estatuto do partido prevê que o alvo do processo deve estar presente no momento do julgamento.
Os conselhos de ética do PP, DEM, PSC, PMDB, PSDB, PSB e PTC não tomaram conhecimento das denúncias e, no último triênio, mal se reuniram. No caso do PMDB, por exemplo, seguem como membros das legendas os presos Sérgio Cabral e Eduardo Cunha.

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