quarta-feira, 27 de julho de 2016

Violência: Jornalista é assassinado a tiros em cidade do interior do estado de GO


João Miranda/Reprodução
João Miranda do Carmo, de 54 anos, foi assassinado em Santo Antônio do Descoberto (GO).
João foi baleado pelo menos sete vezes na porta de casa na noite de domingo (24), transmite informação do Portal dos Jornalistas.
Testemunhas contaram que duas pessoas desceram de um carro que parou em frente à residência da vítima, chamaram-na pelo nome, efetuaram os disparos e fugiram.
O jornalista era dono de um site de notícias locais chamado SAD sem censura. No portal, há várias notícias policiais e outras relacionadas a serviços públicos da cidade, como falta de asfalto e coleta de lixo.
O Sindicato dos Jornalistas de GO e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) condenaram o crime em nota e disseram esperar que “as autoridades cumpram com o seu dever de esclarecer as circunstâncias, punindo os responsáveis com o rigor da lei. (...) Além da ação policial e judiciária para captura e punição dos responsáveis, é preciso que se tomem medidas preventivas tanto pelas empresas de comunicação quanto pelas forças de segurança do País para dar um basta nessa situação. Nesse sentido, a Fenaj vem propondo a instituição de um protocolo de segurança que permita as condições necessárias para o exercício do Jornalismo e para a garantia das liberdades de expressão e de imprensa no Brasil”.
Esse foi o terceiro assassinato de jornalistas este ano no Brasil.
Em março, o radialista João Valdecir Barbosa foi morto a tiros enquanto trabalhava nos estúdios da Rádio Difusora AM, em São Jorge do Oeste (PR).
Em abril, o blogueiro Manoel Messias Pereira foi morto, também a tiros, em Grajaú (MA).
Em 2015, o Brasil ficou em quinto lugar como o país mais perigoso para o exercício da atividade jornalística, com oito assassinatos, de acordo com a organização internacional Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CJP), número maior do que o de países em guerra, como Iraque e Sudão do Sul.
A maior parte das pessoas assassinadas apurava casos de corrupção envolvendo políticos.

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