quinta-feira, 17 de março de 2016

ANALFABETISMO EM MACAU



De acordo com o IBGE, Macau exibe a vergonhosa chaga de ter 20% de sua população acima dos 15 anos de idade, considerada analfabeta. Isso representa cerca de 6 mil pessoas. O que nós temos de analfabetos, é o que 67 cidades do Estado têm de população. Esses números jamais poderiam ser de uma cidade rica como Macau. Mas, infelizmente, são. Não adianta buscar culpados para essa situação. Não resolve o problema. É preciso mudar esse cenário, com um programa sério de alfabetização de jovens e adultos. O analfabeto não é culpado; é uma vítima da incompetência.
De acordo com especialistas, o ideal é que as turmas sejam formadas com, no máximo, 15 alunos, porque a alfabetização de adultos é diferenciada da convencional. É necessário ser mais individualizada e as turmas são alfabetizadas em seis meses. A formação do professor pode ser em pedagogia ou letras, voltada para o magistério. Mas há também a possibilidade de qualificar pessoas que tenham o ensino médio, especificamente para alfabetizar.
Professores e professoras aposentadas são um tesouro. Eles voltam às salas de aulas motivadas pelo sonho de ver uma cidade sem analfabetos. Jovens estudantes estimulados a mudar esse quadro também podem ser aproveitados. Todos ganhariam uma renda extra e prestariam grande serviço aos macauenses.


Por conta do cansaço e dos problemas do dia a dia, boa parte de quem se inscreve, não frequenta regularmente as aulas, o que provoca até 70% de evasão. É preciso estimular a permanência. O estímulo pode ser uma bolsa de meio salário mínimo e uma cesta básica. A exigência para ter direito ao benefício é não faltar às aulas.
O método mais utilizado para alfabetização é o fônico, que explora o conhecimento e a utilização das letras. O aluno conhece as letras, entende que letras formam sílabas; sílabas formam palavras e palavras formam frases.
Porém, não podemos esquecer que o analfabetismo é uma indústria crescente. O adulto só é analfabeto porque passou pela infância e não foi alfabetizado. Não podemos esquecer de alfabetizar as crianças. É uma forma de evitar o analfabeto de amanhã. Com um detalhe: Até os sete, oito anos de idade, a criança está com todas as janelas de sua mente abertas aos novos conhecimentos. O que nós aprendemos na infância, jamais esquecemos. É preciso aproveitar essa fase e alfabetizá-las corretamente. Se possível, até com curso de idiomas.
Esse deve ser o papel do poder público. Usar bem os recursos para melhorar os índices da educação no município.


Vamos continuar debatendo Macau dessa forma, sem agressão ou desqualificação.
Que Deus abençoe a todos.
Abraço do amigo
Tulio Lemos

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