sábado, 19 de dezembro de 2015

Procuradoria pede ao STF para abrir 3º inquérito contra senador Agripino Maia

Procuradoria pede ao STF para abrir 3º inquérito
contra senador Agripino Maia
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O senador e presidente do DEM, José Agripino Maia (RN)
BELA MEGALE e ALEXANDRE ARAGÃO - FOLHA DE SÃO PAULO
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de mais um inquérito para investigar o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), por peculato qualificado e lavagem de dinheiro. Esse é o terceiro pedido de abertura de investigação da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o parlamentar.
A solicitação foi distribuída nesta sexta (18) no tribunal e terá como relatora a ministra Rosa Weber.
O pedido é para investigar um possível funcionário fantasma, Victor Neves Wanderley, no gabinete de Agripino no Senado. A partir de 2009, Wanderley foi nomeado ao cargo de assessor parlamentar e, em datas próximas ao dia do pagamento, realizou saques em espécie e depósitos na conta de um primo de Agripino Maia, Raimundo Alves Maia Júnior –as informações foram obtidas por quebra de sigilo bancário.
De acordo com os registros do Senado, Wanderley ainda atua como assessor parlamentar de Agripino, lotado no "escritório de apoio do senador". Seu salário-base atual é de R$ 7.415,57, segundo o registro de outubro deste ano. A primeira menção ao funcionário fantasma encontrada pela Folha no "Diário Oficial" é de março de 2009, quando Wanderley foi lotado no gabinete da liderança do Democratas. Ele também atuou no gabinete do senador José Bezerra (DEM-RN), ao menos em 2010.
Procurado pela Folha na manhã desta sexta (18), Agripino disse que não há funcionário fantasma em seu gabinete: "Absolutamente". "Não, não tenho nenhum conhecimento sobre esse assunto", afirmou o parlamentar.
A Procuradoria aponta proximidade entre o recebimento de diversos depósitos de salários, que somam R$ 158 mil, e o repasse ao primo de Agripino Maia, cujo montante é R$ 127 mil. Outros R$ 42 mil foram sacados em espécie pelo funcionário fantasma, em datas próximas a pagamentos que somam R$ 67 mil.

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