terça-feira, 20 de janeiro de 2015

“Há um clima de confiança em nosso Governo”


O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), visitou a região do Seridó nesta segunda-feira, dia 19. Acompanhado da senadora diplomada Fátima Bezerra (PT) e secretários de Estado, o chefe do executivo potiguar participou da última novena da festa de São Sebastião, padroeiro da cidade de Parelhas.
Robinson garante que impõe perfil corajoso (Foto: extraída da Net, sem identificação de autoria)
Na oportunidade, Robinson Faria concedeu entrevista ao repórter da Rádio Cabugi do Seridó, José Wilson.
Veja o teor dessa sabatina abaixo:
Rádio Cabugi – O município de Jardim do Seridó, a exemplo de tantos outros municípios está vivendo um drama muito grave por falta d’água. A água está sendo racionada e a qualidade é péssima para o consumo humano. Há alguma providência emergencial que o senhor possa anunciar aos jardinenses?
Robinson Faria – A água é um drama muito forte no nosso Estado, por que infelizmente nós tivemos vários governos que não se preocuparam em fazer para o nosso Rio Grande do Norte um planejamento hídrico para 50 anos. Os governos foram imediatistas, só fizeram obras para inaugurar dentro do seu mandato de quatro anos, e eu prometi que se fosse eleito não seria um governador da próxima eleição, e sim, um governador das próximas gerações. Água é política de Estado, não é política de governo. Por isso que os governados erraram. Recursos hídricos tem que ser uma política permanente.
A primeira providência: fazer um diagnóstico, uma consultoria ampla de todo o Rio Grande do Norte da nossa capacidade hídrica. Os aquíferos do Seridó, por exemplo, você cava um poço, não dá água. Como governador eleito, eu conheço o drama da falta d’água. São investimentos grandes, estamos aprovando na Assembleia Legislativa um crédito do Banco do Brasil. Esse dinheiro irá permitir o Estado ter dinheiro para pagar contrapartidas e eu irei buscar os convênios federais para resolver o que for mais emergencial na questão da água.
O especialista em segurança contratado pelo seu governo para indicar caminhos em busca de uma estrutura confiável para a tranquilidade da população com uma polícia bem aparelhada e, eficiente, declarou que só dentro de oito meses isto será possível. Qual a sua avaliação?
Robinson Faria – Não é bem assim. Ele foi consultor do governo de Pernambuco, do governo de Eduardo Campos, conseguiu transformar rapidamente Recife que era a capital mais violenta do Nordeste na capital mais segura. É um dos maiores consultores do Brasil hoje de segurança pública.
Robinson foca segurança (Foto João Batista)
Prometi que ao assumir no dia 1º colocaria a polícia nas ruas e amanheceu Natal, Grande Natal e todas as cidades polos do Estado com a polícia nas ruas. O meu governo já está tendo a missão de tirar os policiais dos gabinetes, dos órgãos que eles foram cedidos, da parte burocrática e colocar para defender o povo. Nesses primeiros dias de governo, já há um clima de confiança no nosso Governo. A resposta da segurança já está acontecendo.
O fato do senhor não apresentar oficialmente os responsáveis pela situação financeira do Estado não corre o risco de amanhã o seu governo ser responsabilizado pelo descumprimento de compromissos assumidos diante do Rio Grande do Norte em sua campanha?
Robinson Faria – O secretário de Planejamento encarregado desta área de finanças já expos a situação, nós temos um débito hoje no Estado de 680 milhões de reais. O outro governo deixou esse passivo, só deixou em caixa apenas 4 milhões de reais. O que cabe a mim agora, é tentar resolver, aumentar a arrecadação, fomentar a economia, cortar os gastos desnecessários, serviços de terceirizações, aluguéis de carros, enxugar a máquina, tornar ela econômica, viável, recuperar a capacidade de investimento do Estado e colocá-lo novamente no campo da modernidade e do desenvolvimento.
O senhor já pode assegurar ao funcionalismo o pagamento da folha a cada dia 30 ou as alegações feitas pela ex-governadora para justificar o atraso permanece?
Robinson Faria – Eu sou homem destemido, ousado e corajoso das minhas palavras. Eu quero que o meu Governo cumpra o calendário tradicional do pagamento do servidor. Darei tudo de mim para pagar em dia, sem parcelamento como acontecia no governo passado. Vou cumprir rigorosamente em dia o calendário de pagamento do servidor.
O senhor não admite que com o aumento mensal da folha com promoções, planos de cargos, vantagens aos aposentados além de outros encargos possa levar o seu Governo ao atraso da folha para não comprometer ainda mais a segurança, a saúde e a qualidade na educação?
Robinson Faria – Vamos vencer isso aí. Vamos pagar a folha em dia, vamos recuperar a capacidade do Estado para ter dinheiro no custeio da saúde, na segurança já estamos investindo, e vamos manter o Governo no máximo que puder no campo da eficiência.
Com a segurança falida, a saúde sucateada, a educação com índices de aproveitamento muito abaixo do aceitável, a terceira ponte sobre o rio Potengi não deixa de ser prioridade?
Robinson Faria – É prioridade sim. Uma coisa não implica na outra. A terceira ponte já esteve com a senadora Fátima em Brasília, com o ministro das cidades, já está incluída no PAC 3, já está sendo feito o projeto da terceira ponte. Para nossa sorte, o ministro das cidades é o ministro Kassab do meu partido, e eu já estive com ele em Brasília, e ele já garantiu que vai incluir a ponte do rio Potengi sem implicar nos custeios para a saúde e a segurança até por que são convênios federais.
Nas visitas que o senhor tem feito aos hospitais do Estado e verificado o caos total nas condições sub-humanas de atendimento. A que conclusão o senhor chegou?
Robinson Faria – Tristeza, muita tristeza. Estive no Walfredo Gurgel, em Natal, no hospital de Assu, no de Mossoró, é lamentável hoje a saúde do Rio Grande do Norte, talvez seja a pior do país, mas vamos consertar.
O seu governo ao calcular o valor de mais de 5 bilhões de reais de dívida ativa, considerou os devedores que já faleceram ou que não tenham condições financeiras de pagar?
Robinson Faria – Nós vamos buscar essa dívida ativa. Vou fazer um convênio com o Banco do Brasil que hoje é o órgão mais preparado do país para cobrar, o que tem mais instrumentos, como setor jurídico, quadro técnico preparado para buscar essa dívida ativa.
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