sábado, 15 de novembro de 2014

Agrotóxicos colocam sob alerta 25% dos alimentos, diz Anvisa

Agrotóxicos colocam sob alerta 25% dos
alimentos, diz Anvisa
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Levantamento feito pela agência analisou 1.397 amostras de abobrinha, alface, feijão, fubá de milho, tomate e uva
LÍGIA FORMENTI - O ESTADO DE S. PAULO
Levantamento feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que 25% de amostras de abobrinha, alface, feijão, fubá de milho, tomate e uva apresentavam irregularidades relacionadas ao uso de agrotóxicos em 2012. O estudo, divulgado nesta sexta-feira, 14, revela que de um total de 1.397 amostras, 347 foram consideradas insatisfatórias.
Dois problemas foram identificados: o uso de substâncias proibidas para determinadas culturas ou alto grau de resíduos de agrotóxicos no alimento. Não foram encontrados indícios de usos de substâncias agrotóxicas proibidas no País.
"Mas é preciso investigar mais, dar continuidade às análises e expandir cada vez mais o número de culturas para verificar se tais produtos não estão presentes no País", afirmou a superintendente de toxicologia da Anvisa, Sílvia Cazenave.
A cultura com maior índice de irregularidades foi a abobrinha. Foram consideradas insatisfatórias 48% das 229 amostras analisadas em todo o País. Em seguida, vem a alface, com índice de 45% de reprovação. As análises integram o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), criado em 2001 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O trabalho é feito de forma conjunta com Estados e municípios. Para o monitoramento, são escolhidos alimentos que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são os mais consumidos pelo brasileiro. Também é levado em consideração o perfil do uso de agrotóxicos nestes alimentos. A lista é alterada a cada três anos.
Esta é a segunda etapa da análise do PARA de 2012. Na primeira fase, divulgada em 2013, foram analisadas outras sete culturas: abacaxi, arroz, cenoura e pepino. Para estas culturas, o porcentual de amostras insatisfatórias havia ficado em 29%.
"Não há como dizer se a situação no País melhorou, está igual ou piorou", resumiu Sílvia. Ela afirma que, para fazer tal comparação, seria necessário observar um grupo de culturas durante um período determinado, ao longo dos anos. "Vamos chegar a isso", disse.

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