Apesar de a presidente Dilma Rousseff ter anunciado anteontem uma correção de 10% nos benefícios do Bolsa Família, não haverá ganho real, já que a inflação acumulada entre o último reajuste, em 2011, e o mês de março foi de 19,6% (segundo o INPC). Segundo levantamento da Folha de São Paulo, em 2011, o governo aprovou um aumento de 19,4% no programa de transferência de renda, que representou, à época, um aumento real (descontada a inflação) de 8,7%.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, se reuniu ontem com assessores para fazer o decreto do reajuste, mas o texto não ficou pronto – o feriado comprometeu a elaboração do decreto, que deve sair hoje. O governo não detalhou como será o acréscimo de 10% no benefício. Dilma anunciou o reajuste em pronunciamento no Dia do Trabalho, em medida considerada eleitoreira pela oposição. DEM e PSDB prometem ingressar com representação contra a presidente no Tribunal Superior Eleitoral por campanha antecipada.
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