Até então discreto, o Palácio do Planalto começa a tornar oficial o apoio às candidaturas dos peemedebistas Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros para os comandos da Câmara e do Senado, respectivamente. Segundo o Blog do Camarotti, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, avisa: acordo é para ser cumprido.
Isso não significa que o Planalto esteja confortável com o poder no Congresso Nacional se concentrando nas mãos do PMDB. Auxiliares diretos da presidente Dilma Rousseff (PT) temem que o governo possa ficar refém dos aliados, já que havia uma resistência pessoal de Dilma aos nomes de Renan e Henrique Alves.
Não por acaso. O primeiro teve que renunciar ao cargo de presidente do Senado para evitar a cassação do mandato, em 2007, depois que foi acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira. Já Henrique Alves chegou a fazer ameaças ao governo depois que Dilma demitiu o seu afilhado do comando do Dnocs.
Sem sucesso, o Planalto até que tentou construir outras candidaturas. E nesta reta final de campanha, o que pesa mesmo é o pragmatismo. Dilma decidiu seguir um conselho do ex-presidente Lula (PT): em qualquer situação, é preciso manter o PMDB como um aliado preferencial para assegurar a estabilidade política do governo. Isso porque a legenda tem a maior bancada do Senado e a segunda maior da Câmara. Foi essa lógica que fez Dilma recuar e apoiar os nomes de Renan e Henrique Alves.
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