sábado, 2 de junho de 2012

Micarla evita Rosalba, que evita Micarla de Sousa

 



Micarla de Sousa (PV) fala mal de Rosalba, que também fala mal de Micarla. As duas amigas e aliadas políticas da campanha municipal de 2008 e da campanha estadual de 2010, estranham-se agora.
Rosalba e Micarla, quando tinham motivos para risadas juntas
Mas nada é por acaso. As duas precisam satanizar-se, uma a outra, na expectativa de transferir responsabilidades pela má gestão na prefeitura e estado. A reprovação em Natal, de ambas, é uma disputa feérica e frenética.
A prefeita passou a mirar a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), responsabilizando-a pelo caos na Saúde da capital. Durante coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (1º), a prefeita disse denunciará a governadora ao Conselho Nacional de Saúde e ao Ministério da Saúde por falta de repasse nas verbas da saúde. Considerou um “boicote político” passar um ano e cinco meses sem receber repasses do Estado.
“Ela [Micarla] teve esse tempo todinho para fazer sua parte. Eu fui prefeita e nunca precisei do Governo do Estado para fazer funcionarem os postos e unidades de saúde. Se os postos estivessem funcionando, nós teríamos uma redução da demanda nos hospitais”, declarou Rosalba ao portal Nominuto.com. Contudo, não rebateu a informação da prefeita, quanto ao não-repasse.
“Tenho certeza de que quando assumiu encontrou a prefeitura do mesmo jeito”, estimou Rosalba.
Na campanha municipal de 2008, Micarla teve a então senadora Rosalba em seu palanque, contras as estruturas da prefeitura, estado e governo federal. Micarla venceu. Já em 2008, concorrendo ao governo estadual, Rosalba foi orientada por seu marketing a evitar a presença da prefeita e sua imagem foi banida dos programas eleitorais.
Na iminência de ser candidata à reeleição, Micarla dá o troco e por estratégia política tenta empurrar para Rosalba um pouco ou muito do seu capital negativo. Rosalba devolve reage, pois já está no caminho da própria prefeita, como enorme possibilidade de bater recorde de reprovação ostentado pela governante municipal.
Na verdade, as duas estão certas. Uma não deixa nada a dever em relação a outra até aqui. Juntas, perceberam, podem ser um mal insanável de parte a parte. Por isso que passam a gerar um estranho duelo, que procura exorcizar a ‘companhia’ da outra.
Pobre Natal!
Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política

Nenhum comentário:

Postar um comentário