Se a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) for razoavelmente coerente, não deve estimular, trabalhar ou endossar a iminente renúncia da prefeita mossoroense e sua sucessora, enfermeira Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”.
Por quê?
Um episódio narrado pelo Blog no dia passado, de dupla renúncia no município de Governador Dix-sept Rosado, em 2008 (veja AQUI), serve para ilustar o que Rosalba pensava há tão pouco tempo.
Ela demonstrou ‘indignação’ com a renúncia do prefeito Adail Vale (PSB) e o vice Nelson Moraes (DEM), numa manobra que visava – e conseguiu – entronizar na prefeitura o médico Anax Vale (filho de Adaíl), então presidente da Câmara Municipal.
Quem narra um episódio de bastidores, revelando a postura à época de Rosalba, é o advogado trabalhista e militante político no município, Antônio Pedro, nome de larga respeitabilidade no universo jurídico e social.
Vamos ao seu relato:
Carlos Santos,
Alguns dias após o fatídico episódio ocorrido em Governador Dix-sept Rosado, ao qual você se reporta agora com propriedade, eu e outros membros do PT local estávamos numa reunião na casa de Lanice Ferreira (ex-prefeita e pré-candidata à prefeitura), com a própria e outros integrantes do PMDB, discutindo a possibilidade de uma composição dos dois partidos para as eleições de 2008 daquele município.
No meio da conversa entra na sala, a então senadora Senadora Rosalba Ciarlini (DEM), se dizendo indignada com a renúncia do prefeito e do vice e oferecendo solidariedade à então futura candidata Lanice Ferreira.
Na oportunidade Rosalba desqualificou a atitude de Adail e de Nelson Morais, com adjetivos nada recomendáveis. Inclusive solicitou o uso do telefone da residência de Lanice e, na presença de todos, falou ao vivo para a rádio RPC (de propriedade do seu grupo político), registrando sua indignação para aquele ato que dentre outros adjetivos, qualificou de ‘antidemocrático’, oportunista etc.
Lembrou que até então tinha Nelson Morais na conta de seu liderado político, mas estava decepcionada com o mesmo, pois ele não a consultou sobre a renúncia, pois sabia da sua posição. E mais: Nelson estava evitando enfrentá-la, Rosalba, a ponto de não atender sequer suas ligações telefônicas. Foi um verdadeiro teatro.
Vamos aguardar como Rosalba agora vai se comportar com a história agora se repetindo em Mossoró.
Antônio Pedro, advogado e webleitor.
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