segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O mal que Fernandinho Beira-mar não fez

 



À semana passada, após cerca de um ano de estadia no Presídio Federal de Mossoró, o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar foi levado para outro endereço no Norte do país.
Nesse tempo, não se soube de nada que tenha sido comandado por ele na cidade e região.
Mesmo assim, autoridades públicas e setores amestrados da imprensa divulgam desde a campanha eleitoral de 2010 que o presídio aumenta violência na cidade, satanizando o presidente Lula e aliados dele no Rio Grande do Norte. Enfim, mero joguete politiqueiro criminoso, nocivo ao real debate sobre questões da segurança pública e outras mazelas sociais.
Mossoró, com quase 200 homicídios em 2011, não tem uma Delegacia de Homicídios. O que concorre mais à violência: Presídio Federal ou essa deficiência?
Mossoró tem um déficit de cerca de 50% em suas necessidades de homens na Polícia Militar, mesmo com dois batalhões militares. E aí? Hein?
Esses mesmos senhores e senhoras esquecem que um governo Maia entregou a Mossoró a Penitenciária Agrícola Mário Negócio e outro, Alves, construiu a Cadeia Pública Manoel Onofre.
O hermético Presídio Federal ampliaria a violência e os frágeis presídios edificados por governadores, não?
Ah, vale lembrar! Em meados do ano passado, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) chegou ao Ministério da Justiça, levada pelo deputado federal Henrique Alves (PMDB), com projeto para que o Rio Grande do Norte ganhe mais duas penitenciárias. Será que vão atribuir a ela, pela iniciativa, a amplificação nos índices de violência urbana?
Por favor, parem de insultar a inteligência alheia com tanta má-fé. Dêem um tempo nessa politicalha porca e passemos a discutir essas e outras questões num nível elevado, sério e sem a deturpação voluntária de fatos e teses.
Pobre Mossoró! Pobre RN!

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