Ivan, o Terrível
Autor : Antonio GaioFonte : Rússia de todos os CzaresDe 1462 a 1505, Ivan III põe fim à suserania tártara, funda o Estado Russo independente, cuja autocracia imperial seguiu as concepções do primado romano ao anexar a maior parte dos principados vizinhos. A idéia era transformar Moscou numa terceira Roma, sucessora do poder do império romano e bizantino, este recém-extinto pelos turcos otomanos.
Seu neto Ivan, o Terrível, foi considerado o maior tirano da história da Rússia, que reinou por 53 anos e acabou morrendo louco. Sua infância explica. Aos 3 anos, seu pai morreu e aos 8, perdeu a mãe que, sob a ação do veneno, ainda teve tempo de alertá-lo quanto ao futuro que lhe esperava. Cresceu observando as famílias líderes de sua terra - boiardos - lutarem por parcelas do poder ao assumirem a regência.
Assassinando uns aos outros. Em público, os regentes lhe reverenciavam, no particular tratavam-no avaramente, tanto na alimentação como nas vestimentas, e pilhavam o tesouro imperial, instalando medo na criança. Ivan que, aos 5 anos, participava de cerimônias oficiais e presidia as reuniões do conselho de regência.
Durante uma dessas reuniões, aproveitou o desentendimento reinante para criticar a má administração e o esbanjamento de recursos. Sem que ninguém esperasse, ordenou a prisão do regente, que, ao tentar fugir, foi morto por futuros aliados do futuro soberano. Pouco a pouco, Ivan foi assumindo o poder, demonstrando que aprendeu a matar ao liquidar com todos os parentes que restaram das famílias regentes, antes que fosse tarde demais.
Coroado aos 16 anos, os sinos tocaram em todo o país para celebrar o casamento com Anastasia Romanovna, que exerceu um papel importante no período feliz do reinado. Vieram do estrangeiro manuscritos raros e impressoras para publicar livros, traduziram-se obras russas para mostrar ao mundo que a Rússia não era um país atrasado, a despeito de o poder de ler e escrever abalar a segurança do monarca.
Ivan IV, o Terrível, foi o primeiro soberano russo a ostentar o título de czar (César), ao expulsar os tártaros da rota comercial do Mar Cáspio, em 1555. Para comemorar a vitória, construiu a Basílica de São Basílio na Praça Vermelha, notória pelos bulbos de alturas e cores diferentes em torno da capela central. Ao ver concluído aquele mimo tirado de um conto de fadas, ordenou que cegassem o arquiteto responsável e ameaçou outros que tentassem reproduzir seja qual for o rincão. LEIA MAIS>>>>>>>>>>
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