Toda a briga de Funasa, DNOCS, Sudene, essa sopa de letrinhas que forma a administração federal, é uma queda de braço para saber quem manda; os caciques regionais peemedebistas, que controlam boa parte da bancada governista, ou a presidente Dilma Rousseff, que tem a caneta que nomeia, demite e dá verbas, edita o Diário Oficial da União e goza hoje de amplo apoio do eleitorado. A bancada do PMDB não controla a caneta nem edita o Diário Oficial, mas pode causar um monte de problemas – por exemplo, aprovar projetos que criem novas despesas e multipliquem as dificuldades de Dilma para governar o país.
Quem ganha? Depende: os parlamentares do PMDB podem seguir a orientação de seus líderes, enfrentarem Dilma, tentar dominar totalmente o Governo e correr o risco de ficar a pão e água, caso a presidente vença a queda de braço; mas é preciso lembrar que Suas Excelências são vulneráveis a determinadas gentilezas que só o Governo pode proporcionar, e talvez a adesão à tese do enfrentamento não seja tão maciça assim. Nesse caso, o partido teria de aceitar o que o Governo lhe oferecesse. Conhecendo o partido, pode-se dizer que para seus integrantes um pouco é melhor do que nada. Além disso, mesmo com a fartura da mesa oficial, muita gente não degustou o que esperava. É um grupo que potencialmente pode apostar na mudança, confiante em apoderar-se de pelo menos uma parte do que era destinado aos favoritos de ontem.
A briga é boa. E a decisão demora.
Do blog do Magno
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