Natal/Vale do Açu – A atuação do Ministério Público Estadual (MPE) a fim de investigar o envolvimento da Organização Não-Governamental Instituto Êpa no criminoso esquema de pagamento de propina que resultou na queda do ex-ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em Brasília, poderá ampliar seu raio de ação.
Segundo informação ainda de bastidores, o MPE pretende expandir o trabalho de averiguação para algumas cidades do Vale do Açu onde teria havido uma presença mais ostensiva do trabalho executado pela ONG.
O rumo das investigações é mantido sob sigilo pelos promotores de Justiça engajados ao caso. Porém, segundo informação de fonte com trânsito à Procuradoria-Geral de Justiça, na capital do Estado, as evidências até aqui detectadas mostram a necessidade de que o processo de apuração seja estendido a alguns municípios do Vale do Açu, inclusive, possivelmente abrangendo algumas administrações locais.
O Instituto Êpa foi uma das entidades recordistas em repasse de recursos públicos federais para qualificação de pessoal em 2010.
Entidade teria atuado na capacitação de trabalhadores
Um dos convênios que contemplaram a organização e que justamente deu origem ao episódio de lobby que derrubou o ministro Carlos Lupi, deveria qualificar "em caráter emergencial" três mil trabalhadores na área de construção civil em municípios atingidos pelo rigor do inverno na região do Vale do Açu.
A organização fechou parcerias da ordem de R$ 2,2 milhões, dos quais teve acesso a um aporte de R$ 1,2 milhão em 2010. A complementação dos recursos acabou sendo bloqueada. A aproximação das investigações ao Vale do Açu objetivaria descobrir se houve envolvimento de agentes públicos da região à empresa.
Viagem
Outro motivo que teria estimulado os representantes do MPE a expandirem as investigações ao Vale do Açu foi a notícia de que na mesma semana em que o caso foi estampado nacionalmente, através de reportagem veiculada pela revista Veja citando o Instituto Êpa, ter sido veiculada a informação, por setores da imprensa do Estado, de que, ao ser procurado para prestar explicações, o diretor-presidente da organização, empresário Cid Figueiredo, teria se deslocado até a cidade do Assú. Esta suposta viagem do empresário à cidade-polo do Vale do Açu foi passada à imprensa potiguar por funcionários do próprio Instituto Êpa, na capital do Estado. FONTE O MOSSOROENSE
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